A informação de que a Polícia Civil havia prendido um dos maiores receptadores de joias do país, apontado como um dos responsáveis pelo
furto de cerca de R$ 20 milhões em pertences da casa de Emerson Leão, até poderia ter animado o ex-jogador.
Porém, diferentemente do que havia sido veiculado em abril, ele não recuperou os itens. Nem mesmo tem alguma atualização recente sobre as investigações.
- As informações que saíram sobre a devolução de alguns itens não são realidade. Não recuperaram absolutamente nada. Soube que prenderam um ou dois. Mas, até agora, a resposta pra mim é absolutamente nada - afirmou Leão ao Superesportes.
Alguns dos objetos são de valor emocional incalculável, segundo ele, como a réplica em ouro maciço da taça da Copa do Mundo de 1970, além de troféus e medalhas de campeonatos conquistados ao longo da carreira.
O ex-goleiro e técnico relatou que, desde que o crime ocorreu, teve contato em algumas ocasiões com a polícia – a última delas, em março – para obter atualizações sobre as buscas pelos pertences.
- Sigo esperando. Quando voltar [de viagem], vou me comunicar novamente com eles.
Invasão e furto: o que relatou Leão após o crime
Leão foi surpreendido ao retornar de uma viagem, em novembro, e encontrar sua casa invadida e destruída, como relatou.
– Dentro da minha casa parece que passou um terremoto. Ficou tudo destruído, tudo jogado no chão, tudo roubado. Todas as joias e 53 anos de trabalho no futebol levados - contou o ex-jogador ao Brasil Urgente, da TV Bandeirantes.
Cientes de que ali não havia ninguém, os ladrões destruíram a trava do portão de ferro e entraram na residência, na manhã de 6 de novembro, um domingo. Sem saber onde estavam os objetos de valor, eles quebraram armários, móveis e os espalharam pelos cômodos.
Após encontrar as taças e joias, o grupo destruiu também o sistema de câmeras de segurança e saiu dali carregando sacolas com os objetos. Ao ir embora, a quadrilha se dividiu em uma van branca e um carro preto.
O valor estimado das perdas era de R$ 20 milhões, segundo o ex-jogador. Porém, ele afirmou que é impossível calcular quanto valiam itens como a réplica da taça da Copa do Mundo de 1970 e outros troféus que ganhou quando era atleta.
– Medalhas pequenas e grandes da Fifa. Nós ganhamos quando voltamos da Copa de 1970 quando fomos campeões uma taça que eu guardava aquilo para dar para meus netos", disse.
Prisões e investigação
Em 30 de março, quase cinco meses após o crime, a Polícia Civil prendeu dois homens por receptação e um por furto na República, região central de São Paulo (SP).
Um dos detidos é apontado como o maior receptador de joias do estado e um dos maiores do país, segundo os investigadores, e é investigado pela receptação da réplica da taça da Copa de 1970 roubada da casa de Emerson Leão em novembro passado.
Durante a ação, os policiais apreenderam joias, relógios, celulares e uma balança de precisão. Nem um entre esses itens, porém, era do ex-jogador.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) enviou uma nota sobre as investigações:
O Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) segue empenhado para prender demais envolvidos e recuperar os objetos furtados. Detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial.