Segundo a área econômica, recuperação da atividade pavimenta caminho para que a economia continue avançando sem auxílios governamentais. PIB avança 7,7% entre julho e setembro, diz IBGE
A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia informou nesta quinta-feira (3) que o "escudo de políticas sociais" que foi criado para amenizar os impactos econômicos e sociais da pandemia deve ser "desarmado".
Segundo a área econômica, o fim de auxílios governamentais abrirá espaço para a agenda de reformas estruturais e medidas de ajuste das contas públicas que, na visão da secretaria, são o "único meio para que a recuperação se mantenha "pujante".
A avaliação foi divulgada após o anúncio nesta quarta-feira do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, que registrou um crescimento de 7,7% na comparação com os três meses anteriores. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com isso, a economia brasileira saiu da chamada "recessão técnica", caracterizada pelo tombo do PIB por dois trimestres seguidos.
PIB trimestre a trimestre
Guilherme Luiz Pinheiro/G1
"A forte recuperação da atividade, do emprego formal e do crédito neste semestre pavimentam o caminho para que a economia brasileira continue avançando no primeiro semestre de 2021 sem a necessidade de auxílios governamentais", avaliou o Ministério da Economia.
Segundo o governo, a retomada da atividade e do emprego registrada nos últimos meses compensará a redução dos auxílios, previstos para terminar em dezembro deste ano.
"Outro fator positivo será a melhora das condições financeiras que continuarão impulsionando a atividade, principalmente com a retomada da agenda de reformas", acrescentou.
De acordo com o Ministério da Economia, o fraco crescimento do PIB nos últimos anos é uma consequência da baixa produtividade, fruto da má alocação de recursos na economia brasileira.
"Desta forma, o único caminho que poderá gerar a elevação do bem-estar dos brasileiros serão medidas que consolidem o lado fiscal de nossa economia e corrijam a má alocação de recursos, aumentem a produtividade e incentivem a expansão do setor privado", concluiu.