A inteligência de Éverton Ribeiro, ex-
Cruzeiro atualmente no https://www.mg.superesportes.com.br/futebol/flamengo/, ex-companheiro Rodinei. Atualmente no Olympiacos, o brasileiro disse que não era 'fácil' acompanhar o raciocínio do meia em campo quando ainda atuava pelo rubro-negro.
- Éverton Ribeiro, que cara gente boa! Joguei com o Ribeiro desde 2017. Vivia falando para ele, 'você acha que é fácil jogar com você? Tu é inteligente para caramba, irmão. Às vezes tava no Maraca, jogando, dava a bola no Ribeiro, ele dava de letra... A bola passando... E eu falava 'você quer que eu vá lá como? [risos] Quer que eu fique adivinhando o que você vai fazer?' - contou, em entrevista ao Charla Podcast.
Rodinei chegou ao Flamengo em 2016, um ano antes que Éverton Ribeiro, contratado em 2017. Juntos, eles foram campeões cariocas em 2017 e 2019, do
Brasileirão de 2019, bicampeões da
Libertadores em 2019 e 2022 e campeões da Copa do Brasil em 2022.
- Chegou uma hora que, de tanto jogar junto, a gente ficou bastante entrosado. Na final da Libertadores, o lance no Equador, ele veio e me falou 'Rodi, agora foi ao contrário, você pensou e eu corri'. Porque normalmente ele falava 'eu que penso e você corre'. Na jogada, ele dá a bola, eu cruzo, o Pedro faz o gol. Contra o Athletico-PR, ele dá a bola em mim, eu dou um toquinho para ele, ele cruza para o Gabigol. Ele disse que foi ao contrário - lembrou, rindo.
Rodinei também apontou a participação de outro ex-jogador do Flamengo como fundamental para sua evolução na equipe.
- Eu comecei a ter mais entendimento do campo, as coisas começaram a clarear pra mim de uma forma absurda. Eu não tinha muito entendimento do que era o futebol taticamente e o David Luiz fez com que eu chegasse na Europa com outra cabeça. Ele falava o ano inteiro que eu ia para a Europa, que eu ia ver como ia ser. Não deu outra, chegou proposta de lá e eu evoluí muito - afirmou ele, que hoje atua no futebol grego.
Jorge Jesus no Flamengo
Incontestável no Flamengo, o treinador Jorge Jesus também foi citado lateral. Ele relembrou a chegada do técnico, suas primeiras impressões no treinamento e os ótimos resultados no período.
- O Jorge Jesus é diferente em todos os sentidos. Se tiver que cobrar da base ou Gabi é a mesma coisa, ele não diferencia. Fecha a cara, no treinamento não tem brincadeira, treina forte, treina intenso. Primeiro treino do véinho (sic), o cara dá a bola no atacante e eu vou correndo todo errado. Ele apita e fala, no sotaque, 'f*, eu com 70 anos jogo no teu lugar assim. Estás a andar? Estás a jogar parado? Que isso?'. Ele xingando todo mundo, isso no primeiro treino! Pensei: vamos ter problema com esse velho - lembra.
- Eu sempre fui um cara de escutar mais. Nunca fui de debater, escutava, tentava assimilar e fazer melhor. Depois disso, comecei a jogar com ele. (...) Foi um cara que me ajudou muito a ter mais entendimento, um cara diferenciado. (...) Não tem como - disse.
- Para sempre o flamenguista vai lembrar. O que mais me marcou é que xingava todo mundo, todos, e eu pensava 'como esse cara, será que não tem sentimento?'. Acabou a final da Libertadores, no voo, eu vi esse cara chorando, emocionado. Ali vi que era um cara que tinha muito sentimento. Era algo único e ele não podia demonstrar. Cantei com ele, no avião. Era um cara de muito sentimento. Mas ele é 'ou você tá comigo, estar 100%, ou não vai jogar'.
