Rayssa Karolina Feijó Ferreira, foi condenada a 12 anos e 3 meses de prisão por homicídio qualificado e fraude processual, por ter alterado a cena do crime. Já Geusiany Monteiro Costa, deverá cumprir 12 anos de detenção pela morte da vítima. Ambas já estavam presas desde junho do ano passado, e deverão permanecer em regime fechado durante a fase de recurso da sentença.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Rayssa fazia procedimentos estéticos com aplicações de silicone industrial e cobrava cerca de R$ 3 mil. A vítima já havia realizado o processo um mês antes da ocorrência e teria procurado a mulher para fazer uma nova sessão. Conforme apurado pela Polícia Civil, foi Rafaela quem teve que comprar o material.
Durante a operação, Rayssa teria atuado como supervisora, enquanto Geusiany teria aplicado a substância na vítima. Após o fim do procedimento, ainda no local, a vítima começou a se sentir mal, e, em razão de embolia causada pela grande quantidade da substância injetada, morreu no local, sem que o atendimento de emergência pudesse socorrê-la a contento.
Após o fim do procedimento, ainda no local, Rafaela começou a sentir-se mal, devido à grande quantidade da substância injetada, e morreu. Depois da morte, as mulheres informaram aos investigadores que a vítima havia realizado a cirurgia havia quatro dias, em Goiânia (GO).
Ainda conforme a investigação, a casa foi limpa e o corpo colocado em outra posição, para confirmar a versão das mulheres de que a vítima estaria no local para se recuperar.
Sem intenção
Durante o júri, Rayssa assumiu ter injetado silicone industrial na vítima, mas afirmou que o fez a pedido da mulher. Em seu depoimento, a acusada disse que um tempo antes do crime, Rafaela teria feito o mesmo. Apesar da confissão, ela disse que não imaginava que o procedimento pudesse causar a morte da amiga, por ser uma prática conhecida entre mulheres trans.
Contradizendo a denúncia do Ministério Público, a mulher disse que assim que Rafaela começou a passar mal, acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que prestou os primeiros socorros e chegou a reanimá-la algumas vezes, mas que depois de algumas tentativas constatou a morte.
Em relação a mudança na posição do corpo, Rayssa explicou que a alteração foi feita pela equipe do Samu, que também cobriu o corpo até a chegada da polícia. No entanto, assumiu, também, que combinou a versão com as outras acusadas de que a vítima teria feito o procedimento em outro local e estava na casa dela apenas para se recuperar.