Botafogo investiu alto
Por isso, investiu alto em nomes como Patrick de Paula, Victor Sá, Gustavo Sauer e Tchê Tchê. Cuesta e Lucas Fernandes, entre outros, chegaram por empréstimo, totalizando aproximadamente uma janela de R$ 65 milhões (não necessariamente pagos no curto prazo).
O time ainda não era competitivo o suficiente, ainda faltava um longo caminho pela frente. O departamento começou a trabalhar e, com tempo até a abertura da segunda janela, no meio do ano, tratou de seguir as seguintes diretrizes:
- Jogadores livres no mercado, em fim de contrato, uma vez que os gastos da primeira janela já foram consideráveis. Por mais que as luvas costumem ser mais caras neste caso, não pagar pelos direitos econômicos ainda é o melhor negócio.
- Atletas com bom perfil físico, independentemente da idade, para casar com o estilo de jogo adotado por Luís Castro, de pressão à bola e com capacidade para percorrer grandes distâncias.
- Nomes com "folha em branco", sem grande histórico no futebol brasileiro. Aqui, a ideia era buscar jogadores que pudessem ter fome para provar algo e criar um vínculo com um grande clube como o Botafogo. Dessa maneira, o Botafogo acabou por fazer talvez uma das maiores janelas da sua história, com 10 reforços: Lucas Perri (goleiro), Adryelson (zagueiro), Marçal (lateral-esquerdo), Danilo Barbosa (volante), Gabriel Pires (volante), Eduardo (meia), Jacob Montes (meia), Júnior Santos (atacante), Luis Henrique (atacante) e Tiquinho Soares (atacante).
Entre chegadas a "custo zero", empréstimos e aquisições, o Botafogo gastou aproximadamente R$ 15 milhões. Eu poderia usar exclamações aqui tranquilamente. É de se esperar que a folha salarial tenha dado um salto significativo, e que as luvas tenham sido consideráveis, mas estamos falando de toda a espinha dorsal do hoje líder do Brasileiro. E que já havia feito um segundo turno de recuperação em 2022, respeitando o processo de adaptação de muitos atletas que atuavam fora do país.
Botafogo teve postura diferente em 2023
Para 2023, já com a base montada, e sem a vaga na Libertadores, o Botafogo foi mais comedido. Marlon Freitas (volante), Luis Segovia (zagueiro) e Carlos Alberto (atacante) chegaram no modelo "custo zero". Cuesta foi comprado após empréstimo, enquanto Júnior Santos voltou após breve período no Fortaleza.
Ainda vieram Di Placido (lateral-direito) e os jovens Matías Segovia e Diego Hernández (ambos atacantes e já donos de um perfil diferente, jovens sul-americanos). No total, quase R$ 29 milhões gastos, nunca à vista. LEIA MAIS: fique por dentro das notícias do Botafogo
Somados à base, ainda um pouco tímida, mas muito melhor que em outros tempos, o Botafogo conseguiu, em tão pouco tempo, reformular o seu elenco. E torná-lo um dos melhores custos-benefícios do país.
Se vai dar em título nós não sabemos. Mas convenhamos: ninguém espera que dê agora. Esse é um processo e, queiram ou não, faz bem respeitá-los. Com a manutenção de um grande trabalho por mais algumas janelas, as maiores recompensas seguramente estarão esperando lá na frente.
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