Na postagem que gerou a controvérsia, James Esses, fundador da Thoughtful Therapists, uma organização conhecida por sua militância contra os direitos da comunidade transgênero, incluindo o acesso a apoio médico durante a transição de gênero, se identificou.
Em seu portal on-line, a Thoughtful Therapists se opõe ao que denomina 'ideologia de gênero' e propõe a implementação de uma lei que proíba o cuidado médico para menores de idade em transição de gênero.
Não é a primeira vez que Musk se opõe às demandas da comunidade transgênero. Nos Estados Unidos, junto com o restante da população LGBTQIA+, essa comunidade tem sido alvo de uma ofensiva conservadora, que vai desde leis contra drag queens até disputas sobre o conteúdo do currículo escolar. Este mês, Musk usou um meme para zombar de indivíduos transgêneros.
Musk, que é pai de uma filha transgênero de seu primeiro casamento com Justine Wilson, tem histórico de comentários polêmicos. Em 2020, Vivian Jenna Wilson, sua filha, entrou com um processo para oficializar seu nome e remover o sobrenome de Musk, afirmando que não queria ter qualquer vínculo com ele.
Musk atribuiu o rompimento a 'comunistas' e a 'neomarxistas'. No mesmo ano, ele fez um comentário polêmico sobre pronomes, o que foi interpretado como uma posição contra o respeito aos pronomes escolhidos por pessoas trans.
O espaço para discurso de ódio no Twitter tem crescido, com a equipe de moderação reduzida globalmente. Com o novo sistema de verificação, perfis que promovem ataques contra minorias passaram a ter maior visibilidade.
Recentemente, Musk solicitou aos criadores do podcast Fall Of Civilizations que utilizassem o Twitter como plataforma para seu conteúdo. Eles negaram, alegando que a rede se tornou 'muito comprometida' e um 'refúgio para o discurso de ódio, enquanto fraudadores de criptomoedas e bots pagos' ganham destaque.