A Ação Civil Pública aponta que, embora não tivessem atingido 60% de acertos na prova, candidatos foram classificados com notas próximas da totalidade de pontos. As informações vieram de dados de aparelhos telefônicos de investigados, apreendidos durante a operação “Superdotados", e provas compartilhadas da operação Gabarito, no município de Doresópolis. Há indícios de que o mesmo tipo de fraude tenha acontecido em outros concursos públicos realizados pela empresa que conduziu o certame em Tiros.
Leia: Concurso da Prefeitura de Uberlândia oferta 653 vagas; confira o edital A ação requer ainda a restituição dos valores das taxas de inscrição pagas pelos candidatos. Segundo a Promotoria de Justiça ainda existem diligências em andamento e informações ainda não totalmente apuradas poderão ser usadas para outras ações, neste caso por atos de improbidade administrativa contra os responsáveis. Da mesma forma que ações criminais não estão descartadas.
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Em março, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) cumpriu 13 mandados de busca e apreensão em Tiros e na cidade de Andrelândia, após um mês de levantamentos, com o objetivo de obter mais informações sobre concurso suspeito. As investigações se iniciaram após o recebimento de diversas denúncias envolvendo o possível favorecimento de candidatos. A partir dessas informações, a promotoria efetuou diligências preliminares e constatou que muitos dos aprovados e classificados dentro do número de vagas já ocupavam cargos na Administração Municipal, a maioria contratados sem concurso, além de ocupantes de cargos comissionados, agentes políticos e cabos eleitorais do chefe do Executivo Municipal.