O TRT declarou luto oficial por três dias. O velório, com a presença de amigos, familiares, colegas de profissão e admiradores, aconteceu das 8h às 12h. Depois, às 14h, o corpo seria cremado. O magistrado vinha lutando contra um câncer raro e já havia sido internado.
A notícia chegou ao conhecimento dos colegas de trabalho do magistrado horas antes da sessão do Tribunal Pleno, “marcada por manifestações de consternação, tristeza e homenagens ao desembargador”, conforme a nota do TRT.
O presidente da sessão, o desembargador Ricardo Mohallem, em decorrência da morte do colega, propôs que os processos fossem a julgamento na próxima sessão, marcada para o início do próximo mês.
O legado do magistrado
O amigo e colega de graduação Fernando Rios Neto, desembargador-corregedor do Tribunal Regional do Trabalho, lamenta o ocorrido lembrando dos “45 anos de uma vivência muito próxima” entre os dois. Fernando Rios, além de ter acompanhado toda a carreira profissional de Boson, ainda é padrinho de batismo de Gerson Boson, filho de Luis Felipe.
Quanto aos demais colegas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde os desembargadores se graduaram, Fernando conta que “estão todos desolados”. Para a Justiça, especialmente do trabalho, o desembargador corregedor afirma que perderam uma “grande referência de seriedade, ética, conduta pública e privada, e um juiz exemplar", ele afirma com lágrimas nos olhos.
Irmão de Luis Felipe, Marco Aurélio Boson conta que “perdeu um irmão querido, um juiz exemplar, um magistrado reto, simples, humilde e que vai deixar muita saudade para toda a família”.
* Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata