Mesmo constando na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza como uma espécie com a classificação de ameaça de extinção “pouco preocupante”, o tamanduá-mirim ou tamanduá-de-colete tem tido as populações reduzidas ao longo dos anos.
A destruição do habitat, o tráfico de animais e a caça predatória são fatores que contribuem com essa situação. Vale ressaltar que, além do tamanduá-mirim, o país abriga o tamanduá-bandeira e também o tamanduaí, espécies também ameaçadas.
Encontro com Benedita
Após o período de quarentena, no qual as fêmeas foram monitoradas diariamente e passaram por exames clínicos, laboratoriais, além de manejo alimentar, Princesa e Cigana foram transferidas para um recinto na Praça Nacional, local onde vivem diversas espécies da fauna brasileira, como anta, veado-catingueiro, ouriço-cacheiro, capivara, lobo-guará, paca e o próprio tamanduá-bandeira.Na Praça, as duas passaram a dividir um recinto específico com outra fêmea de tamanduá-mirim, também resgatada com um mês de vida, a Benedita. Agora, o trio está tendo a oportunidade de conviver em harmonia e sob os cuidados da equipe técnica do Zoológico.De acordo com a bióloga e responsável pela Seção de Mamíferos do Zoo, Valéria Pereira, a expectativa é que as fêmeas possam formar um grupo ainda maior no futuro.
“Como elas ainda são novas, vamos planejar para, futuramente, colocá-las em companhia de machos que já vivem aqui para a formação de casais para reprodução”, afirma. Valéria explica que a dieta dos tamanduás no Zoológico consiste em uma papa, composta de ração de cachorro moída, farelo de trigo, leite de soja, leite em pó, ovo em pó, semente de linhaça e ainda frutas (banana, mamão) e legumes (cenoura, beterraba).
Essa mistura, própria para esses animais, é oferecida uma vez ao dia. Além disso, os animais recebem “pedaços” de cupinzeiros para que possam, eles mesmos, capturar e consumir os cupins.
Estado de Minas