O caso veio à tona depois de o Sindpúblicos receber denúncias relatando os fechamentos. Em nota, o sindicato afirmou ter ido ao hospital, onde obteve a informação de que a baixa no número de vagas para internação tem relação direta com a impossibilidade da unidade de dar conta da demanda de atendimentos, pois não há técnicos de enfermagem, enfermeiros, médicos, entre outros profissionais essenciais, suficientes.
Ao
Estado de Minas, o diretor político do Sindpúblicos-MG, Geraldo Henrique, disse que recebe “com frequência denúncias de mau atendimento no hospital”. “Vários usuários, principalmente os mais velhos, os aposentados, agendam cirurgia no hospital e não conseguem realizá-las, principalmente as eletivas. A alegação é de que não há médico para fazer ou a falta do anestesista. É uma série de denúncias. Estamos passando por uma fase difícil no Hospital Governador Israel Pinheiro”, explicou. Ainda conforme o diretor do sindicato, exames clínicos e laboratoriais foram interrompidos. “A gente chegava lá entre 5h e 6h e realizava diversos exames, como de urina, fezes e sangue. O laboratório está fechado há dois anos para atendimentos externos. Agora, só quem está internado consegue fazer exames”, completou
Questionada pela reportagem, a assessoria do Ipsemg não deu detalhes sobre a desmobilização nem explicou o motivo da redução de vagas, mas destacou que “segue atuando para retomar tais leitos o mais breve possível”. O instituto também não esclareceu se os leitos fechados são adultos ou pediátricos. Em relação à mão de obra, o Ipsemg informou que “neste ano foi realizado o concurso público para o ingresso de 280 novos profissionais para área assistencial, os quais em breve serão admitidos”. “O instituto possui uma rede credenciada de serviços de assistência à saúde que amplia a cobertura do plano, especialmente em serviços de urgência e emergência”, finalizou a assessoria do instituto.