A PM foi acionada e compareceu ao local indicado pelos moradores. Lá, os agentes encontraram a cabeça de um cachorro e “pegadas de um animal felino”, nas palavras do sargento, mas o animal não foi visto. O vídeo foi gravado nesse domingo (30/7), no período da manhã.
Assim que a equipe da Polícia Militar deixou o local, recebeu outra chamada dos moradores dizendo que a onça teria voltado. Então, a viatura voltou ao local e, dessa vez, os policiais conseguiram ver a onça “saindo de uma gruta e entrando em outra”, conta o sargento.
Antes de ver a onça com os próprios olhos, entre os policiais, havia dúvidas se o animal era uma jaguatirica, mas o Sargento Sabino diz que “o animal é bem grande; a jaguatirica já é menorzinha”.
Um morador da região fez um vídeo próximo à gruta onde a onça está abrigada. De acordo com ele, além dela, mais dois filhotes estariam abrigados debaixo da pedra. Nas redes sociais, os internautas também acham que existem filhotes. “Ela está amamentando!”, comentou um usuário do Facebook.
A equipe da PM já acionou a Polícia Militar do Meio Ambiente, que ainda não compareceu ao local. De acordo com o Sargento, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também já estaria ciente da presença do animal.
Perigo para os moradores
Apesar de a onça pintada ser uma bioindicadora da boa qualidade do ambiente natural, a presença dela assustou os moradores. Na região, a maioria das pessoas vive da agricultura familiar, principalmente nas lavouras de café, onde temem encontrar o felino. Além disso, a criação de gado também é forte no local, e a onça estaria se alimentando dos bezerros.
As crianças que moram no Córrego do Pau de Folha têm de ir para Ubaporanga para estudar, e, de acordo com o Sargento Sabino, elas “chegam por volta das 18 horas, e depois fazem um longo trajeto a pé” para voltar para suas casas. Por causa disso, os pais dos estudantes estão preocupados com possíveis ataques às crianças.
Os policiais orientam que a população do Córrego ande sempre em grupos e que os pais acompanhem seus filhos na volta para casa.
*Estagiária sob a supervisão do subeditor Fábio Corrêa