De acordo com o "Jornal da Alterosa", a família do empresário mineiro teria ficado retida no estacionamento já que, junto da trava, havia uma placa informando a necessidade de ligar para um funcionário do aeroporto ou se encaminhar até a portaria do estacionamento, há 1 km de distância, para fazer a liberação do automóvel. Os fatos irritaram o dono da caminhonete, que não havia sido informado da instalação da trava. De acordo com o advogado Thiago Freitas, a ação do Aeroporto pode ser considerada uma infração dos direitos do consumidor. “O consumidor tem o direito básico, que é o direito à informação. Se ele não foi informado, pode ter ocorrido algum tipo de ilícito do ponto de vista do consumidor”, afirma Freitas.
Em nota, a BH Airport, responsável pelo Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, informou que a medida se trata de uma estratégia de segurança com o objetivo de proteger os carros. A concessionária diz que a iniciativa se trata de uma medida adicional de segurança e leva em consideração a existência de quadrilhas especializadas em furto de carros do modelo Hilux no Brasil.
“Temos um profissional à disposição 24 horas para atender os proprietários desses carros e retirar a trava no momento em que chegam de viagem”, acrescenta a BH Airport.
Prisões anteriores
Em maio deste ano, dois homens, de 26 e 36 anos, foram presos em Lagoa Santa na Grande BH, suspeitos de fazer parte de uma quadrilha especializada no furto de carros do modelo Hilux.
Ainda segundo as informações, eles teriam furtado 11 caminhonetes, sendo 6 delas no estacionamento do Aeroporto de Confins. Duas semanas depois dessas prisões, dez mandados de prisão preventiva e 30 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em 16 municípios de Minas Gerais e outros Estados. A reportagem tentou entrar em contato com o proprietário da caminhonete, mas não obteve retorno.
*Estagiária sob a supervisão do subeditor Fábio Corrêa