Os presidentes de São Paulo e Atlético-MG, Julio Casares e Sérgio Coelho, respectivamente, estiveram presentes em um evento no Museu de Futebol, no Estádio Pacaembu, e atualizaram os avanços para criação da Libra, a Liga do Futebol Brasileiro.
Um dos principais entraves até aqui é a divisão de cotas para cada clube. Casares defendeu que a quantia seja distribuída de maneira igualitária e revelou a intenção de formular um fair play financeiro, como acontece nas principais competições da Europa.
A ideia é evitar que os times participantes destinem o dinheiro apenas para a contratação de jogadores, resultando em elencos recheados, mas que também pensem em modernizar os estádios e cuidem melhor dos gramados.
“O desafio é instituir premissas que passam pelo fair play, por uma melhor condição de estádio, de gramado, que hoje é uma vergonha. Eu sei que o Atlético-MG não tem nada a ver com isso, mas ele sofre com o gramado do Mineirão. Nós precisamos ter condições de jogo. Acho que cada instituição ao receber o seu investimento deve escolher qual sua destinação”, declarou o dirigente são-paulino.
O presidente do Atlético-MG corroborou com a fala de Casares e reforçou que os clubes “não devem gastar todo o investimento recebido em elenco”.
Esses impasses para a criação da Libra vieram à tona durante uma entrevista coletiva da presidente Leila Pereira, do Palmeiras. A dirigente se mostrou irritada com a situação, dizendo que as reuniões são “cansativas” e nada é resolvido. Ela ainda citou certa “soberba” do Flamengo, presidido por Rodolfo Landim.
A Liga do Futebol Brasileiro (Libra) chegou a definir os ajustes no modelo de receitas da associação no fim de fevereiro deste ano. Entretanto, não foi dado nenhum passo além disso e o projeto segue na teoria.