De acordo com as investigações, o primeiro furto ocorreu em 27 de abril deste ano. Na ocasião, a polícia capixaba percebeu que furtos semelhantes ocorriam em aeroportos de outros estados. Com isso, começou uma parceria com as polícias civis de São Paulo, Minas Gerais e do Paraná.
Divisão de tarefas e comboio
O delegado Luiz Gustavo Ximenes, titular da Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos, explicou que a quadrilha tinha uma divisão de tarefas: “o comando da organização, a parte financeira, quem recrutava o responsável por furtar o veículo etc.”
Ximenes disse ainda que a organização usava acessórios que facilitavam o crime. “Eles usavam um acessório chamado ‘rastre’, que serve para destravar a Hilux e a chave presencial. Com isso, eles trocavam o módulo do carro.”
Ainda segundo o delegado, os furtos ocorriam com auxílio de um comboio. “O veículo era deixado no estacionamento do aeroporto pela pessoa com viagem programada e que só fazia o registro do roubo no momento em que chegava da viagem, criando um tempo grande entre o roubo e o registro para que a polícia pudesse realizar a ação. O responsável pelo furto paga o estacionamento como se fosse deixar o estacionamento com o veículo, que é retirado por meio de um comboio, utilizado também para levar as outras Hilux furtadas.”
Ao todo, a quadrilha furtou 44 veículos: sete no Espírito Santo, 15 em Minas Gerais e 22 no Rio de Janeiro. Uma das alternativas de prevenção contra os furtos que o Aeroporto de Vitória vai implementar é colocar travas nas rodas dos veículos Toyota Hilux. A medida causou reclamações de clientes no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins.
Estado de Minas