A operação de transito foi montada na avenida Juscelino Kubitschek, em frente a sede do Juizado. A ideia é impedir a ação dos motociclistas, que pretendiam manifestar contra os agressores.
A audiência começou por volta das 14h. O entregador agredido, Lincoln Santos, de 20 anos, chegou acompanhado da mãe e da advogada.
No processo, ele está sendo fichado como “autor e vítima”. Bruna Marques, que defende o motoqueiro, espera mudar isso. Existe a suspeita de que ele tenha sido agredido por golpes de canivete. “Não vai ter acordo, provavelmente vai terminar na Justiça. Ele foi agredido com uma arma branca em locais vitais, no tórax, braço. Então isso não é de competência do juizado”, explicou.
Os outros dois homens que serão ouvidos também estão sendo listados como “autor e vitima”. Eles não compareceram ao Juizado, já que a juíza do caso permitiu que as partes pudessem ser ouvidas de forma virtual. A reportagem tentou contato com o advogado, mas não obteve resposta.
Relembre o caso
O caso ocorreu na terça-feira (15/8) em uma residência do Bairro Caiçaras, na Região Nordeste de Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Militar, houve um desentendimento mútuo entre o cliente e o entregador, resultando em uma agressão também entre as duas pessoas.
O entregador alegou que foi agredido e acusado de querer roubar a comida dos clientes após pedir o código de confirmação da entrega. Já no relato dos moradores, o pedido teria demorado para ser entregue e que, quando o entregador chegou, eles desconfiaram que ele teria aberto o pacote e comido a feijoada.
Em entrevista ao
Estado de Minas, o tenente Louzer, que atendeu a ocorrência, disse que o desentendimento começou com um atrito verbal e evoluiu para uma agressão física. Ele explica que os quatro envolvidos - três clientes e o entregador - são vítimas e autores do crime. "Foram agressões mútuas."