Em sinal de apoio e solidariedade, diretoras da rede municipal e participantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-REDE) compareceram na Emei Sagrada Família, na Região Leste da capital, nesta sexta-feira (25/8). O local foi palco de confusão entre a diretora da escola e o vereador de Belo Horizonte Wilsinho da Tabu (PP), na tarde dessa quinta-feira (24/8). O parlamentar discutiu e teria agredido membros da diretoria durante um evento no colégio. LEIA:
Briga entre vereador de BH e diretora de Umei termina na delegaciaSegurando cartazes com frases como “Mexeu com uma mexeu com todas” e “Somos professores em união e paz nas escolas”, cerca de 50 trabalhadores da educação municipal de Belo Horizonte se posicionaram contra a violência nas escolas na porta da Emei. De acordo com o Sind-REDE, a ação se tratou de um ato de solidariedade e apoio a todos os trabalhadores da unidade escolar. O ato começou no início da tarde, às 13h e, além das manifestações de repúdio, também serviu como momento de conversa com os pais dos alunos. “As professoras e diretoras conversaram com os pais que também demonstraram um total apoio à diretora e aos trabalhadores da Emei”, afirmou Flávia Silvestre, assessora de comunicação do Sind-REDE.
Sobre a confusão que ocorreu com o vereador, o Sindicato afirmou que “repudia o uso da violência e a forma como o vereador tratou as professoras. O Sind-REDE exige que o vereador tenha o mandato cassado e seja punido conforme estabelecido em lei o mais rápido possível”.
Entenda o caso
De acordo com informações do boletim de ocorrência, a confusão começou durante uma apresentação de coral na escola, que era acompanhada por pais e pela equipe do parlamentar. Durante o evento, a diretora solicitou ao fotógrafo do vereador que parasse de tirar fotos das crianças. Wilsinho teria ouvido a diretora conversar com o fotógrafo e, insatisfeito, foi tirar satisfação.
A versão foi confirmada por funcionários da escola no boletim de ocorrência e outras testemunhas. Uma coordenadora da unidade educacional disse aos policiais que foi agredida com um soco no ombro dado pelo vereador. O porteiro declarou que desviou do golpe do vereador e o soco atingiu a mulher.
Todos os envolvidos foram encaminhados para a Delegacia, onde prestaram depoimento e foram liberados. A Polícia Civil informou que um homem de 56 anos assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberado. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Belo Horizonte e aguarda retorno.
Para o
Estado de Minas, Wilsinho negou todos os fatos e disse que foi agredido pela equipe da escola.
*Estagiária com supervisão do subeditor Diogo Finelli.