O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou na manhã desta quinta-feira (31/8) uma operação para apurar a prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de capitais praticados por policiais penais, no âmbito do sistema prisional.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou na manhã desta quinta-feira (31/8) uma operação para apurar a prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de capitais praticados por policiais penais, no âmbito do sistema prisional.
A operação foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), da Regional da Zona da Mata, em conjunto com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e a Polícia Militar e Polícia Penal de Minas Gerais.
O MP investiga a existência de um esquema criminoso especialista na entrada de celulares no interior de sistemas prisionais da região da Zona da Mata mineira mediante o pagamento de propina e favores indevidos.
O grupo é formado por agentes penitenciários, agentes públicos, presos e pessoas que ainda não foram identificadas.
Segundo apurado pelo Gaeco, agentes públicos estão sistematicamente cobrando propina para facilitar a transferência de presos e para fazer “vistas grossas” ao ingresso de telefones móveis para dentro da carceragem da unidade prisional.
Ainda segundo a investigação, na tentativa de ocultar e dissimular a movimentação de valores oriundos do recebimento de propina, os agentes usavam contas bancárias cadastradas em nome de terceiros.
A operação da manhã de hoje teve como objetivo cumprir três mandados em cidades da Zona da Mata (MG). Um de busca e apreensão em Muriaé e um de busca e apreensão e um de afastamento do cargo público em Palma.
No cumprimento dos mandados em Palma, durante as diligências, o policial penal investigado tirou a própria vida utilizando sua arma de fogo.