Eles estavam juntos em uma festa numa churrascaria na Avenida Raja Gabaglia, região Centro-Sul da capital mineira. Lá, aconteceram várias discussões, culminando na briga entre o autor e a vítima.
“Eu não pago de bom samaritano, não. Eu tô te avisando, faz ocorrência contra mim, acaba com minha vida, coloca eu na cadeia porque vou pegar você”.
“Eles não eram amigos”
A relação entre Ruy e Cleber não ficou muito bem esclarecida após o crime. De acordo com o advogado, eles eram apenas conhecidos, e não amigos, já que tinham amigos em comum.“A noite do crime foi uma das poucas vezes em que os dois se encontraram pessoalmente. Na churrascaria estava o Ruy, Anderson, que é amigo do Ruy, Ingrid e Cléber. O Ruy convidou o Anderson para ir, que convidou a Ingrid. Ela era namorada do Cléber. O amigo do Ruy é o Anderson. O Cleber apenas faz parte do ciclo de amizade”, disse.
O crime
Cléber, Ruy, Anderson e mais uma mulher estavam na churrascaria na noite de sexta-feira (25/8). Por volta das 2h, insatisfeito com o local, a vítima pediu para ir embora. Sua namorada se recusou, disse querer ficar, causando um atrito entre os dois. Cléber já havia discutido com duas outras pessoas antes dessa confusão e acabou brigando com Ruy.
Eles foram expulsos do estabelecimento e a confusão continuou. Inconformado, Cleber seguiu o carro de Ruy pelo Anel Rodoviário. Momento em que o autor gravou diversos vídeos mostrando as ameaças feitas pela vítima. Cléber foi até a casa da namorada e trocou de veículo. Durante o trajeto, ele enviou diversos áudios ameaçando Ruy e seu amigo de morte. Inconformado com a atitude do rapaz, o autor dos disparos tentou voltar até a churrascaria, mas acabou encontrando Cléber na Via do Minério, no Anel Rodoviário.
Os dois discutiram novamente e, dessa vez, Ruy fez diversos disparos. Sete deles atingiram Cléber, que morreu ainda no local.
De acordo com Nathan, o instrutor de tiro agiu em legítima defesa. “A nossa tese é de legítima defesa, por parte do Ruy. Houve outras ameaças. Vamos trabalhar com isso, não resta dúvida que foi cometido em legítima defesa”, explicou.
Estado de Minas