Um levantamento global da ONG CarbonPlan com o jornal norte americano The Washington Post sobre dados climáticos revelou que cidades de Minas poderão ter até 70 dias de calor altamente perigoso até 2050.
No Brasil, a capital paraense terá mais de meio ano com temperatura mínima de 32ºC até daqui a 27 anos. Mas não é a maior do país entre as capitais. A cidade de Manaus, no Amazonas, lidera com 258 dias extremamente quentes até 2050.
A Região Norte domina a lista das dez maiores do país, com os seis primeiros. As regiões do Centro-Oeste e Nordeste fecham o ranking.
Confira os dez maiores
Segundo o CarbonPlan, a pesquisa calculou uma forma aproximada de “temperatura de globo de bulbo úmido”, uma métrica que combina temperatura, umidade, luz solar e vento. Eles utilizaram a temperatura mínima de 32ºC para delinear um calor extremamente arriscado que prejudica o corpo humano.
Nos dias apontados, mesmo adultos saudáveis %u200B%u200Bque praticam atividades ao ar livre por mais de 15 minutos por hora podem sofrer estresse térmico; muitas mortes ocorreram em níveis muito mais baixos, alerta a ONG.
O levantamento afirma que o impacto do calor extremo será agravado pela desigualdade social. "Embora certas partes dos países ricos registram um aumento dentro de alguns dias, a maior parte do perigo surgirá nos países pobres, em regiões já quentes, como o Sul da Ásia e a África Subsariana, que carecem de ar condicionado generalizado e de outras vantagens, como sistemas avançados de cuidados de saúde", apontam.