Os policiais tiveram acesso às câmeras de monitoramento do entorno da residência da vítima que mostram a investigada conversando com ela na noite de 9 de setembro, poucas horas antes de o corpo ser encontrado. Em seguida, a profissional do sexo — que era natural de São Paulo e tinha o costume de estabelecer residência temporária em várias cidades — entrou com a suspeita em um veículo do casal.
O delegado Bruno Pires Avelar explicou que a garota de programa havia chegado à cidade “em meados deste ano” e se hospedado na pensão do pai da investigada. “Posteriormente, ela se mudou para uma casa, de propriedade do dono da pensão, mas continuava frequentando o estabelecimento para realização de programas, alguns deles arranjados pela suspeita”, diz Avelar, pontuando, que poucos dias após o crime, a investigada negou à equipe policial contato recente com a vítima.
Motivação
A investigação aponta que a execução estaria relacionada com vingança. “A motivação para o crime foi evidenciada pela crença dos suspeitos de que a vítima teria feito um ‘trabalho’ ou ‘macumba’ que vinha gerando problemas na vida do casal, entre eles a morte de um cão de estimação e o aborto do feto que a investigada possivelmente gestava”, afirma o delegado. No interior do veículo utilizado pelo casal, a polícia encontrou um bastão de madeira, um galão de gasolina e uma manta. Posteriormente, a partir da utilização de luminol, vestígios de sangue foram identificados no carro. “A suspeita sobre os investigados chegou ao nível de certeza a partir da obtenção de vídeo no qual o homem é visto ao lado do corpo da vítima enquanto essa ainda estava viva e esguichando sangue na região torácica. Nas imagens, ele passa por cima do braço da vítima dirigindo seu veículo e depois ateia fogo sobre o corpo. Foi possível ouvir o suspeito chamando a namorada, que teria feito a gravação, para ir embora do local do crime”, detalha o delegado.