Autoridades da Espanha apreenderam 39 kg de cocaína em um avião da Força brasileira em 2019. O MPF abriu, então, investigação sobre o esquema de tráfico de drogas. Sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, que foi detido no aeroporto de Sevilha, na Espanha, em 2019
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A Justiça Militar deferiu buscas e prisões nesta quinta-feira (18) dentro do processo que apura o transporte de 39 kg de cocaína em um avião da FAB, do Brasil para a Espanha, em 2019. Segundo informações do Ministério Público, os alvos das prisões são de envolvidos no esquema de tráfico de entorpecentes: três militares e a mulher do sargento Manoel Silva Rodrigues, que foi preso em flagrante em 2019.
São eles: tenente-coronel Alexandre Augusto Piovesan; sargento Márcio Gonçalves de Almeida; sargento Jorge Luis da Cruz Silva; além de Wikelaine Nonato Rodrigues — a mulher do sargento.
Essas são as primeiras prisões do caso a partir das investigações após o flagrante de Manoel Rodrigues. A Polícia Federal prestou apoio à Força Aérea Brasileira para cumprir os mandados de prisão e de buscas.
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Em fevereiro, o Fantástico revelou que a investigação — que se arrasta desde 2019 – aponta possíveis cúmplices de militar que transportava cocaína na comitiva do presidente Bolsonaro.
Quase dois anos depois, autoridades brasileiras não conseguiram provar ainda quem estava por trás do esquema, mas os primeiros elos dessa rede de tráfico via aviões da FAB, a Força Aérea Brasileira, começaram a aparecer em fevereiro, em uma operação da Polícia Federal.
A PF investiga o caso desde a prisão, em junho de 2019, do sargento Manoel Silva Rodrigues. Rodrigues integrava um voo de apoio da comitiva do presidente Jair Bolsonaro à cúpula do G20, no Japão.
O militar, que não estava no avião que levava Bolsonaro, foi detido em uma escala no Aeroporto de Sevilha, ao tentar passar com 39 kg de cocaína em três bagagens de mão.
A investigação da Polícia Federal, que teve a primeira operação pública em fevereiro, ainda tenta saber quem são os cúmplices do sargento no tráfico.
A reportagem mostrou que o processo na Justiça Militar avança a passos lentos, travado por disputas técnicas entre defesa e acusação. Nenhum alto oficial responsável pela falta de fiscalização no embarque virou réu no processo.
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