A última vez que esse evento pôde ser observado no Brasil foi em 3 de novembro de 1994, há quase 29 anos. Naquele ano, moradores da Região Sul do país viram a totalidade do eclipse, ou seja, o anel de fogo ficou perfeito no céu.
Em Belo Horizonte e na Região Metropolitana, os cidadãos poderão ver a Lua cobrindo até 50% do Sol. De acordo com a equipe do Núcleo de Astronomia do Espaço do Conhecimento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o fenômeno terá início às 15h37 e atingirá seu máximo às 16h49, momento de maior cobertura do Sol, chegando ao fim às 17h53.
A universidade está promovendo um evento para a observação do eclipse solar na capital mineira, que vai ocorrer em uma parte da esplanada do Mineirão, entre o estádio e a Avenida Coronel Oscar Paschoal. A participação é livre para todas as pessoas a partir dos seis anos.
O início está previsto para as 15h, mas a atividade será realizada somente mediante condições climáticas propícias. Não é necessário retirada de ingressos.
Vista do Eclipse no Brasil
Desta vez, os privilegiados serão os moradores das regiões Norte e Nordeste do Brasil. Quem estiver nas demais áreas, como em Belo Horizonte e São Paulo, ainda verão o eclipse, mas apenas de forma parcial, dependendo da distância do ponto em que a sombra da Lua cobrirá totalmente a passagem.
"São Paulo está fora da faixa da totalidade do eclipse, ou seja, quando o Sol é totalmente coberto pelo disco lunar. Nesse caso, o tamanho aparente da Lua é menor do que o do Sol e o eclipse é conhecido como eclipse anular, justamente porque a Lua deixará passar um anel de luz, o chamado anel de fogo. Então, em São Paulo haverá um eclipse parcial, ou seja, cerca de 40% do disco solar será assombreado pela Lua", afirmou Filipe Monteiro, astrônomo do Observatório Nacional, unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
De acordo com Monteiro, o eclipse anular começará a ser visto de forma completa no Amazonas por volta de 12h05, seguindo para Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, até por volta das 17h50.
Apesar de demorar anos para ocorrer, os eclipses não são fenômenos tão raros assim. A astrônoma Josina Nascimento, também do Observatório Nacional relata que, normalmente, o fenômeno ocorre uma ou duas vezes por ano.
"Temos a sensação de que é um fenômeno raro, porque o eclipse é visível somente para quem está na faixa de totalidade ou anularidade. Mas em uma faixa bem maior da Terra, o eclipse é visível de forma parcial", explicou.
Quem perder a chance de observar o fenômeno no sábado só terá outra oportunidade no dia 2 de outubro de 2024, quando haverá outro eclipse anular, mas apenas para quem estiver nas regiões Sul e Sudeste. E mesmo assim, será parcial, com visibilidade de cerca de 15%.
E depois deste, somente em 6 de fevereiro de 2027, quando paulistas e cariocas terão a visão de cerca de 90% do eclipse anular.
Além do eclipse solar, há o eclipse lunar, quando a Terra fica entre o Sol e a Lua, cobrindo o nosso satélite com sua sombra. Nesses casos, o eclipse também pode ser total ou parcial. E assim como o solar, ocorre periodicamente.
O próximo eclipse lunar visível no Brasil será no próximo dia 28, quando a Terra bloqueará parcialmente a luz solar sobre a Lua, provocando um eclipse penumbral.
(Com informações da Folhapress)