Além do homem de 34 anos, outro de 35, que seria amigo do primeiro, também foi indiciado, mas por assédio sexual. O
caso aconteceu na Central Pub, casa de shows que fica na Avenida Portugal. A vítima de agressão, Laura Ferrer, contou ao
Estado de Minas que estava próxima a uma mesa, com um grupo de colegas, quando viu uma amiga discutindo com um homem. Ao se aproximar e questionar o que estava acontecendo, o homem teria dito que elas ficassem quietas, senão ele iria matá-las.
“Durante o evento, um homem tentou assediar a minha amiga abrindo a roupa dela por duas vezes. Na segunda, houve uma discussão e um segundo homem, completamente desequilibrado, entrou e começou a ir pra cima da minha amiga. Eu fui contestá-lo e ele veio pra cima de mim dizendo que ele era 'de matar', que ele matava e que ia matar”, relata Laura.
Durante a discussão, conforme consta no boletim de ocorrência, Laura teria lançado a bebida que estava em seu copo contra o homem. Em resposta, ele quebrou uma garrafa de vidro em sua cabeça. Ela conta que o ferimento foi profundo e não parava de sangrar. Em seguida, ela saiu da casa de shows e, do lado de fora, foi ameaçada mais uma vez.
“Lá fora, o mesmo homem ainda estava em um canto e tentou ameaçar jogar outra garrafa mais uma vez na minha cabeça. Todos os seguranças do local estavam próximos e vendo toda situação, mas não fizeram nada. Só na hora que alguns outros amigos saíram lá de dentro pra ir atrás do homem, ele fugiu”, conta.
Homicídio de policial
O
mesmo homem que agrediu a jovem na casa de shows também é apontado por matar o sargento Wellington da Costa Barros, de 42 anos, da Polícia Militar, na noite de terça-feira. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (19/10), a delegada Iara França, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) informou que ele será indiciado por homicídio duplamente qualificado.
Segundo explicações da delegada, o homem, de 34 anos, é conhecido da polícia, com várias passagens, já tendo sido preso por violência doméstica e estelionato. Ele é integrante de uma torcida organizada do Cruzeiro. Com ele, foram presos dois homens, de 42 e 43 anos, que o abrigava na casa onde moram.
O policial estava parado num sinal, quando o agressor chegou e parou em frente a seu carro. A vítima então buzinou para ele sair. Só que, ao invés disso, o homem teria começado a xingar. Logo em seguida, ele teria ido até a porta do carro do PM, e começou a esmurrar o veículo e também chegou a agredir o policial. A todo instante, segundo as testemunhas, o militar gritava que era policial, mas isso não impediu que o homem seguisse com as agressões. Foi quando o sargento saiu do veículo e atirou para o alto. O agressor saiu correndo e o militar foi atrás. Alguns metros à frente, alcançou o agressor. Eles entraram em luta corporal e o revólver saiu. O agressor pegou a arma e deu dois tiros no sargento.