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Cultura Empreendedora

Bonecas de cerâmica unem gerações e geram renda no Vale do Jequitinhonha

As bonecas de barro produzidas por artesãos do Vale do Jequitinhonha ganharam o mundo ao retratar cenas do cotidiano feminino, como a maternidade, casamentos, cirandas e o ofício das lavadeiras.


"Com o apoio do Sebrae Minas, participamos de várias palestras e conseguimos divulgar melhor nosso trabalho nas mídias digitais. Tudo feito de uma forma muito respeitosa, preservando a originalidade da nossa arte", diz Andréia, uma das vencedoras do ano passado do Prêmio Sebrae TOP 100 de Artesanato, e que estará vendendo seus produtos no estande do Sebrae Minas.

Andreia ao lado da mãe Glória

Outro destaque da premiação, e que também estará na FNA, é a artesã Anísia Lima, da Associação dos Lavradores e Artesãos de Campo Alegre (ALACA), distrito de Turmalina. A habilidade em modelar bonecas de barro chegou à quarta geração da família. A técnica iniciada pela avó, passou para sua mãe, e que agora é ensinada para sua filha. Hoje, a venda do artesanato é a principal fonte de renda da família. "O artesanato transformou a vida da gente para melhor. Aqui na região, o período chuvoso é muito curto e, por conta disso, não posso depender da lavoura, o que faz do artesanato nosso principal ganha pão", afirma.

Anísia Lima e uma de suas obras

O estudante universitário Augusto Ribeiro, natural de Santana do Araçuaí, de 24 anos, é também da nova geração de artesãos que mantém viva as tradições do Vale do Jequitinhonha. Ribeiro, que também venceu o Prêmio Sebrae TOP 100 de Artesanato, afirma que a paixão pela cerâmica e pelas bonecas vem desde criança. Aos 4 anos, a mãe, Alice Ribeiro, estava desempregada e encontrou no artesanato uma alternativa de renda, depois de aprender o ofício com Dona Isabel. Como Alice não tinha com quem deixar o filho, Augusto ia com a mãe às oficinas de arte, onde aprendeu a técnica apenas olhando.

Alice Ribeiro foi a grande inspiração para o filho Augusto

"Ser reconhecido em premiações e participar de eventos como a Feira Nacional de Artesanato é muito importante, pois são grandes oportunidades para divulgar o Vale do Jequitinhonha e nossa arte para o mundo. Além disso, abrem novas portas para que possa vender para outros estados brasileiros, e quem sabe para outros países", conta o artesão, que também foi convidado para expor seu trabalho na 2° Bienal Internacional de Cerâmica de Jingdezhen, na China, que se inicia em dezembro de 2023 e vai até junho de 2024.

Augusto Ribeiro com a boneca de cerâmica feito pela mãe Alice

Origem valorizada

O trabalho realizado pelos artesãos ganhou força em 2021, quando foi criada a primeira "marca território" voltada para o artesanato no estado: a Vale do Jequitinhonha. Desenvolvida pelo Conselho das Artesãs do Vale do Jequitinhonha, em parceria com o Sebrae Minas, a iniciativa contribui para divulgar a origem do produto, dar notoriedade à região e estimular a atividade como fonte de renda, aumentando assim sua valorização no mercado.

Entre as ações realizadas está o fortalecimento da governança, capacitações em design e melhoria de processos, além de iniciativas para ampliar o acesso a mercados consumidores, por meio da participação em feiras e eventos nacionais do setor.

"Com consumidores cada vez mais atentos à história por trás dos produtos, nosso objetivo é incentivar os artesãos a explorar todo o seu potencial, para fortalecer a sua identidade e origem, agregando ainda mais valor ao artesanato regional", justifica o gerente do Sebrae Minas da Regional Jequitinhonha e Mucuri, Rogério Fernandes.

34ª edição

Este ano, a Feira Nacional de Artesanato terá cerca de 700 estandes com apresentação de produtos nacionais e de representantes de outros países.

Além do estande "Sebrae TOP 100 de Artesanato", o Sebrae Minas vai apoiar outros 40 artesãos de 34 municípios mineiros, no espaço "Vitrine Conceito Origem Minas". O ambiente de 375 m2, projetado pela arquiteta Cynthia Silva, proporciona experiências que expressam o jeito mineiro de ser e valorizar os costumes, valores e origens. Entre os produtos que estarão no espaço estão: divinos esculpidos na madeira, biojoias inspiradas no Cerrado Mineiro, carrancas, quadros decorativos, acessórios femininos feitos com capim dourado, utilitários domésticos e joias de prata com gemas lapidadas.

Outra novidade desta edição da FNA, será o estande "Origem Minas". Os visitantes poderão conhecer, degustar e comprar produtos típicos da gastronomia mineira – cafés, cachaças, doce de leite, biscoitos, licores, mel, própolis, geleias, doces de frutas, antepastos, molhos, pães e até farofa de soja – feitos por 12 agroindústrias do estado, que participam do projeto Origem Minas, promovido pelo Sebrae Minas em parceria com o Sistema FAEMG.

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Feira Nacional de Artesanato

De 6 a 10 de dezembro

Expominas

Belo Horizonte/MG

Informações: www.feiranacionaldeartesanato.com.br

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Assessoria de Imprensa / Prefácio Comunicação

Samuel Martins – samuel@prefacio.com.br

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