De agricultura a costureira. Foi essa a alternativa que Sueli Maria Oliveira Urbano, da Angelical Moda Íntima, encontrou para pagar os estudos da filha Angélica. "Compramos um terreno, construímos a loja com um galpão nos fundos, contratamos dois representantes", recorda. Em 2010, três anos depois de abrir a confecção, Sueli participou do Empretec, iniciando um novo capítulo de sua vida. "Foi uma das melhores coisas que fiz, pois aprendi a me ver como empresária."
A primeira lição colocada em prática, conta ela, foi o planejamento financeiro. A partir do conhecimento adquirido, a empreendedora estabeleceu uma meta de vendas e o que precisaria fazer para alcançá-la, como a contratação de mais uma costureira para garantir o estoque. Os representantes visitaram diversas cidades, deixando as peças com inúmeras sacoleiras.
Hoje, a Angelical Moda Íntima está instalada em um imóvel de dois andares, que abriga loja e fábrica próprias. Lá, são produzidas 22 mil peças mensalmente para atacado e varejo, nacional e internacional. Há 57 funcionários, e o faturamento anual chega a R$ 5,5 milhões.
Vendas on-line
Para Ana Paula da Silva Fidelis, o sonho de fazer um curso superior em uma cidade maior foi o estímulo para empreender. "Meu namorado, Elton Brás Fidelis, tinha o mesmo objetivo e se mudou, enquanto eu fiquei trabalhando na área da lingerie. Como ele não conseguiu emprego depois de se formar, decidimos trabalhar juntos", explica, lembrando que, na época, ele foi o primeiro costureiro da cidade, rompendo preconceitos.
Para sair da garagem de casa e abrir o próprio negócio, a Anabela, os jovens seguiram toda a trilha de capacitação do Sebrae Minas, começando pela Cultura da Cooperação. "Foi o primeiro projeto que participei e, a partir dele, o Sebrae foi trazendo mais cursos, consultorias. Faço questão de participar de tudo."
Aos 29 anos, a empresária tem sua estratégia baseada nas vendas on-line, atendendo a todo o país. Com oito funcionários, ela movimenta cerca de R$ 500 mil por ano. "Esse também foi outro passo dado com o incentivo do Sebrae. Acredito que sou a única em Monte Belo que não trabalha com consignado."
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