Minas Gerais Cultura Empreendedora

Mulheres rompem barreiras e se destacam no agronegócios

A participação das mulheres no agronegócios tem ampliado consideravelmente no Brasil.

Por Redação

06/03/2024 às 10:50:21 - Atualizado há

A participação das mulheres no agronegócios tem ampliado consideravelmente no Brasil. De acordo com o último levantamento do Censo Agropecuário do IBGE, o número de mulheres no comando dos negócios rurais aumentou 38%, entre 2006 e 2017. São 947 mil empreendedoras, atuando principalmente na produção de lavouras temporárias (42%) e na pecuária e criação de animais (39%). Em Minas Gerais, as mulheres têm sido impulsionadas por ações e projetos do Sebrae Minas, mostrando cada vez mais o seu potencial empreendedor e sua competência no agronegócios.

"O Sebrae Minas reconhece o potencial das mulheres como agentes de transformação no agronegócios e vai continuar trabalhando para fortalecer e ampliar seu papel nesse setor tão importante para a economia de Minas e do país. São iniciativas que levam conhecimento gerencial, acesso a inteligência de dados e estímulo à liderança, contribuindo não só para a autonomia econômica das mulheres no ambiente rural, mas também para o desenvolvimento sustentável das comunidades e melhoria da qualidade de vida no campo", afirma a gerente de Agronegócios do Sebrae Minas, Priscilla Lins.

Entre as produtoras rurais apoiadas , há aquelas que mesmo por acaso encontraram seu lugar no agronegócios, como Joice Luiza Appelt, de Paracatu, no Noroeste de Minas. Formada em Turismo e Hotelaria e em Educação Física, passou a trabalhar temporariamente na Agroappelt, empresa de produção de grãos (milho, arroz, feijão, soja e um pouco de algodão) da família, para cobrir a licença maternidade de uma funcionária. "Na época trabalhava como personal trainer, professora e coordenadora do curso de educação física em uma faculdade da cidade. Entrei no agronegócios para ficar por quatro meses, mas tomei gosto e nunca mais saí", diz Joice.

Por ser um setor tradicionalmente comandado por homens, Joice acredita que com o passar do tempo houve uma abertura para as mulheres, porém essa aceitação ainda está muito atrelada às questões de poder. "Dependendo da posição hierárquica que você tem dentro da empresa, a diferença de gênero não conta muito. Porém, o que deveria ser realmente levando em conta é o conhecimento, a competência e a liderança, seja ela homem ou mulher, em qualquer área de atuação", justifica Joice.

Pensando nisso, Joice e outras produtoras rurais da região se uniram para ampliar a participação e representatividade das mulheres no campo. Assim, em 2020, com o apoio do programa Sebrae Delas, foi criado o Filhas do Agro, uma rede de apoio que empodera as mulheres de comunidades rurais de Paracatu, Unaí, Vazante e Guarda-Mor. São oferecidas capacitações e trocas de experiências para potencializar o comportamento empreendedor e aprimorar seus conhecimentos em gestão, liderança, cooperação e inovação para que sejam agentes de transformação de suas realidades e do seu entorno.

"O Filhas do Agro surgiu da necessidade de termos um grupo coeso que pudesse trocar ideias, experiências e conhecimento, e aumentar o nosso poder de barganha em negociações do setor. Seja na fazenda, nas empresas, nas associações ou em cooperativas, a participação das mulheres no segmento passa pelos pilares do conhecimento, informação e capacitação", explica a produtora rural.

Agricultura consciente

Há aquelas que carregam o amor pela cafeicultura no coração, como é o caso de Suzana Passos, que mantém a tradição cafeeira da família, iniciada há quatro gerações. Empreendedora nata, ela trabalha com o marido Wilson na propriedade do casal, o Sítio Cachoeira do Cambuí, em Muzambinho, no Sul de Minas. A agricultura consciente conserva o solo e as nascentes, gera energia limpa, reduz a emissão de carbono e preserva 30% dos 200 hectares da fazenda dos pais de Suzana. A fazenda produz cerca de 3 mil sacas de café ao ano, de variedades como: catucaí, mundo novo, acatu e acaiá.

Atenta às mudanças do mercado, Suzana estreitou laços com o Sebrae Minas a partir de 2016, quando se tornou uma das cafeicultoras assistidas pelo Educampo. A produtora também já participou do Empretec Rural e recebe acompanhamento especializado nas consultorias de técnicas agrícolas do Sebraetec. "O Sebrae Minas trouxe uma visão mais empresarial da porteira pra dentro, o que me deu a possibilidade de gerenciar custos e tomar as decisões mais conscientes e assertivas. Além disso, tenho a oportunidade de participar de visitas técnicas, missões e consultorias de boas práticas. Além de tudo isso, após a criação da marca território, que também foi apoiado pelo Sebrae Mins, percebi como nossa origem pode agregar valor ao café produzido na região", conta a produtora.

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