Em maio, país também terá 690 mil doses a menos do que o previsto em cronograma anterior. Vacinas da Pfizer não tem data definida, apenas a quantidade a ser entregue nos dois semestres de 2021. Um frasco da vacina Pfizer/BioNTech contra a Covid-19, em uma foto de janeiro de 2021.
Francois Mori/AP/Arquivo
O Ministério da Saúde reduziu a previsão de vacinas contra a Covid-19 que serão entregues pelos fabricantes no próximo mês, de acordo com novo cronograma disponível na plataforma "Localiza SUS".
O governo previa na versão anterior do documento, de 15 de março, que seriam repassadas 57.179.258 doses até 30 de abril. Agora, em arquivo de 19 de março, a previsão caiu para 47.329.258.
Com a mudança, o ministério indica que o Brasil receberá 9,85 milhões de doses a menos no próximo mês.
O que muda na previsão:
Retirada da previsão de 1 milhão de doses da Pfizer para até 30 de abril
Redução de 8,85 milhões de doses da vacina de Oxford produzidas
O governo continuou com a previsão total de entrega de 38.097.600 para março, com prazo até a quarta-feira (31), daqui a uma semana. Entre essas doses, 8 milhões são da vacina da Bharat Biotech, a Covaxin, que ainda não apresentou pedido de uso emergencial à Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O prazo está bastante apertado, já que a reguladora exige 10 dias para a avaliação dos documentos.
Para maio, o novo cronograma também apresenta uma redução de 690 mil doses. Enquanto a previsão de entrega feita pela Fiocruz passa de 25 milhões para 26.810.000 - 1.810.000 doses a mais -, as 2,5 milhões de doses previstas para a Pfizer foram retiradas e não estão mais datadas.
Aliás, no novo documento, a vacina da farmacêutica americana não tem um mês específico para a entrega: são 13.518.180 para o primeiro semestre e, no segundo, mais 86.482.890. Outro imunizante dos Estados Unidos, o da Moderna, ainda consta como "em tratativas". Se o acordo for fechado, segundo o ministério, o país terá mais 13 milhões de doses até dezembro de 2021.
Vacinação lenta
O governo federal anunciou que fechou acordos para a distribuição das vacinas AstraZeneca/Oxford, CoronaVac, Covaxin, Sputnik, Pfizer e Johnson & Johnson. No entanto, até o momento, o país distribuiu quase 30 milhões de doses apenas das duas primeiras, sendo que Covaxin e Sputnik não foram sequer aprovadas pela Anvisa.
Entre essas doses enviadas aos estados, foram aplicadas 14,9 milhões. De acordo com o próprio Localiza SUS, do Ministério da Saúde, pouco mais de 11,3 milhões de brasileiros receberam a primeira dose e 3,7 milhões as duas aplicações dos imunizantes.
Segundo especialistas, o ritmo é baixo. Em comparação com outros países, por exemplo, o Brasil está muito atrás na taxa de pessoas vacinadas por 100 mil habitantes. O índice do país é de 6,64, atrás do Chile (45,65), Estados Unidos (37,83), Reino Unido (44,69), Uruguai (9,91) e Argentina (6,95), entre outros.
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