Um dos acusados de roubar um precioso rosário do século XIX da Basílica de Nossa Senhora do Pilar, em Ouro Preto, foi detido na Colômbia. William Cardona Silva, considerado um dos principais participantes do crime, foi preso em Bogotá. O roubo, ocorrido em 10 de novembro de 2023, causou grande comoção pelo valor histórico e cultural da peça, que ainda não foi recuperada.
Cardona está entre os quatro denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e fazia parte da lista de procurados da Interpol, com um alerta vermelho em seu nome. Além de ser investigado por este roubo, ele enfrenta outras acusações no Brasil, incluindo o furto de alto valor em uma joalheria em Boa Vista, Roraima. O MPMG já declarou que pedirá a extradição do suspeito para que ele responda judicialmente no Brasil.
Dois outros envolvidos no crime de Ouro Preto, os colombianos Miller Daniel Hortua Laverde e Ingrid Lorena Ceron Rincon, também foram presos. A quarta integrante do grupo, Carol Viviana Pineda Rojas, continua foragida.
10 de novembro de 2023
O roubo aconteceu na tarde de 10 de novembro de 2023, quando os quatro suspeitos, após planejarem a ação, se dirigiram à Basílica de Nossa Senhora do Pilar, uma das principais igrejas de Ouro Preto, protegida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O rosário beneditino, feito com detalhes em ouro, estava em exposição no museu de arte sacra da igreja.
Segundo o MPMG, William Cardona, juntamente com Carol Viviana e Ingrid Lorena, entraram no museu por volta das 13h. Utilizando uma ferramenta, Cardona conseguiu abrir a proteção de vidro que cercava a relíquia, forçando a vitrine sem quebrá-la ou disparar o alarme. Ingrid Lorena, por sua vez, se movimentou pelo local para impedir que testemunhas se aproximassem, enquanto Miller Daniel permaneceu do lado de fora, monitorando o entorno.
Após o roubo, o grupo fugiu para Belo Horizonte e, em seguida, para um imóvel alugado em Betim. No dia seguinte, Ingrid e Miller devolveram o carro alugado e viajaram de ônibus para São Paulo. William e Carol seguiram o mesmo destino na madrugada de 12 de novembro.
A prisão de William Cardona na Colômbia marca um importante progresso nas investigações, mas o rosário, peça-chave do roubo, ainda não foi localizado. As buscas pela última integrante do grupo, Carol Viviana, e pela relíquia roubada continuam, enquanto a comunidade de Ouro Preto e o país aguardam novos desdobramentos.