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Política

Agência estatal chinesa diz que país detectou traços de Covid-19 em uma amostra de carne suína importada do Brasil


Alimento foi coletado em uma barraca de um mercado local em Yuhuan, segundo a agência. Associação brasileira do setor disse que não foi notificada oficialmente. G1 procurou o Ministério da Agricultura do Brasil, mas ainda não obteve retorno. Vendedor segura peça de carne suína em mercado em Handan, na China

REUTERS/Stringer

Autoridades na cidade de Yuhuan, província de Zhejiang, no leste da China, disseram na quinta-feira (03) que detectaram traços de Covid-19 em uma amostra de carne suína importada do Brasil, informou a agência de notícias estatal chinesa Xinhua.

O G1 procurou o Ministério da Agricultura do Brasil para mais esclarecimentos, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Segundo a agência chinesa, a amostra foi coletada em uma barraca de um mercado local em Yuhuan, e foi retirada de um lote de carne suína congelada que entrou na China pelo porto de Yangshan, em Xangai, no dia 28 de setembro.

O problema foi identificado com a ajuda de um sistema de rastreamento voltado alimentos da cadeia de frio, baseado em blockchain.

A amostra coletada no mercado local testou positivo para Covid-19 na noite de quarta-feira (2), segundo o centro municipal de prevenção e controle de doenças de Yuhuan.

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A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que não foi notificada oficialmente pelas autoridades chinesas.

"A ABPA lembra que, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e os demais órgãos de saúde no Brasil e no exterior, não há evidências científicas sobre a transmissão de Covid-19 por meio de alimentos", afirmou a associação em nota.

"A ABPA permanece em contato direto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para apoiar os esclarecimentos que se façam necessários às autoridades chinesas", reforçou.

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As autoridades locais lacraram a carne, desinfetaram o mercado e as áreas adjacentes e colocaram em quarentena 55 pessoas que tiveram contato direto com a carne suína.

Os resultados do teste de ácido nucleico de todos os contatos próximos foram negativos. Trinta amostras de alimentos e ambientais retiradas do mercado também apresentaram resultados negativos.

A China intensificou os esforços para bloquear o COVID-19 por meio de alimentos importados. O Ministério dos Transportes divulgou uma diretriz em meados de novembro para evitar a transmissão do COVID-19 por meio de alimentos da cadeia de frio importados por via rodoviária e fluvial.

O mecanismo conjunto de prevenção e controle do Conselho de Estado contra COVID-19 também revelou um plano para a gestão de cadeia completa, circuito fechado e rastreável de alimentos importados da cadeia de frio.

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