Olimpio, de 58 anos, morreu após duas semanas internado com Covid. Suplente diz que dará prioridade a projetos sociais e reformas tributária e administrativa. Senador Giordano (PSL-SP), suplente de Major Olímpio, toma posse no cargo
Jefferson Rudy/Agência Senado
O primeiro suplente do senador Major Olimpio (PSL-SP), Alexandre Giordano (PSL-SP), tomou posse no Senado nesta quarta-feira (31). Olimpio, de 58 anos, morreu após passar duas semanas internado com Covid.
No discurso de posse, Giordano afirmou que vai priorizar projetos sociais, uma reforma tributária "justa" e a reforma administrativa. O parlamentar, cujo mandato vai durar até 2027, também defendeu a vacinação em massa da população.
Giordano solicitou a análise e aprovação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) apresentada por Major Olimpio. O texto proíbe, por cinco anos, a cobrança de impostos pela produção, armazenamento, venda e transporte de vacinas.
Empresário de 47 anos é o primeiro suplente do senador Major Olimpio
O novo senador declarou também que apresentou seu primeiro projeto – a proposta autoriza que pessoas físicas e empresas deduzam gastos com compra de vacinas do Imposto de Renda. Nesta terça-feira (30), o Senado aprovou texto que incentiva a iniciativa privada a comprar leitos voltados ao tratamento dos pacientes da rede pública de saúde acometidos pela Covid-19.
Alexandre Luiz Giordano tem 47 anos e é proprietário do grupo Família Giordano Indústria e Comércio, cuja atividade econômica principal, segundo site da Receita Federal, é a montagem de estruturas metálicas.
A empresa também presta — como atividades secundárias — serviços de montagem e aluguel de andaimes, de engenharia, de arquitetura e táxi aéreo. E também faz comércio varejista de ferragens e ferramentas.
O empresário contou aos colegas senadores que foi vendedor ambulante de cachorro-quente na Rua 25 de Março, região popular de comércio na cidade de São Paulo, onde nasceu. "Vi de perto a ausência do estado, assim, eu sei o quão importante o atendimento de necessidades para a população mais carente", disse.
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Conforme reportagem da revista Época, Giordano esteve no centro do escândalo de Itaipu e o governo do Paraguai em 2019.
De acordo com a revista, o empresário viajou ao país vizinhos para participar de uma reunião na Ande, estatal de energia paraguaia, para tratar da compra de energia excedente de Itaipu.
A reportagem aponta que um advogado ligado ao vice-presidente do Paraguai, Hugo Velázquez, declarou que Giordano se apresentou nessa conversa como senador, quando ainda era suplente. Giordano negou à revista ter se valido de conexões políticas para facilitar negócios próprios naquele país.