Presidente do Senado reuniu-se com o consórcio nacional de vacinas das cidades brasileiras da Frente Nacional dos Prefeitos para discutir a imunização contra a Covid-19. Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, durante encontro online com prefeitos nesta quinta-feira (1º).
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, criticou nesta quinta-feira (1º) a falta de organização no enfrentamento da pandemia da Covid-19 no Brasil. Para ele, o país não fez a articulação necessária para a coordenação dos entes federativos e "não há nada pior em um momento como esse do que a desarticulação".
A declaração foi feita durante uma reunião virtual com o Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras (Conectar), coordenado pela Frente Nacional dos Prefeitos para discutir a imunização contra a Covid-19. O grupo tem adesão de 1,8 mil municípios e tem por objetivo a compra coletiva de imunizantes, medicamentos e insumos em geral de combate à pandemia.
"Não há nada pior num momento desse do que a desarticulação, a falta de coordenação. O Brasil revelou, infelizmente, a partir dessa falta de coordenação, algo que nós não podíamos ter feito. Era preciso ter coordenado desde o início todos os entes federados para poder enfrentar essa pandemia", disse Pacheco.
Durante o encontro, os prefeitos pediram apoio e maior agilidade na aquisição de vacinas, por meio de articulação diplomática do Senado. O consórcio também manifestou preocupação com a atuação da iniciativa privada na vacinação ao que o presidente do Senado afirmou que não rechaça a ideia, mas que ainda tem dúvidas, principalmente, se a autorização afetaria o cronograma de entrega para o poder público.
"[...] Ao se estabelecer essa regra, há o risco de haver algum tipo de concorrência até desleal, porque a iniciativa privada em razão do livre mercado vai adquirir essas vacinas por um preço maior, preços mais altos, se isso não afetaria o cronograma de entrega para o poder público, essa é minha grande dúvida".
Ainda, segundo o presidente do Senado, o Brasil está “correndo atrás do tempo”. Pacheco disse também que "muitos disseram" que o comitê criado para lidar com a pandemia surgiu "com um ano de atraso", mas era "o que podia ser feito".
"Obviamente, nós temos que reconhecer, o Brasil atrasou esse processo, atrasou esse cronograma. Nós estamos correndo atrás do tempo nesse governo. A instituição desse comitê, muitos disseram, com um ano de atraso, mas, vamos dizer, o que nós antevemos, principalmente, quando assumi a presidência do Senado, é o que podia ser feito", disse.
O comitê formado por governo e Congresso foi criado na semana passada para discutir ações contra a pandemia de Covid-19 e teve a primeira reunião nesta quarta-feira (31).
Pacheco também relatou que pediu ao presidente Jair Bolsonaro para que ele pudesse ser o “coordenador geral de um grupo” para congregar ações no enfrentamento da pandemia, por isso, foi criado um comitê nacional sobre a Covid.
“Muito importante que o presidente da República desse o exemplo”, afirmou.
Sobre a reunião, Pacheco disse que “a realidade do Brasil é que a opção feita, inclusive reconhecendo os méritos do estado de São Paulo, é a iniciativa de fabricar as vacinas no Brasil”.
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