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Nunes Marques intima Kalil a cumprir decisão que permite cultos e missas presenciais

Por Redação

04/04/2021 às 12:38:17 - Atualizado há
Decisão publicada na madrugada deste domingo (4) prevê 'cumprimento imediato' e um prazo de 24 horas para que Kalil 'esclareça as medidas tomadas'. Nunes Marques, ministro do STF

Reprodução/TV Justiça

O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), intimou o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), a cumprir "com máxima urgência" a decisão que permite celebrações religiosas presenciais, como cultos e missas.

A intimação foi publicada na madrugada deste domingo (4) e usa como base a publicação de Alexandre Kalil nas redes sociais em que afirma que Belo Horizonte acompanharia o plenário do Supremo e, por isso, os cultos e as missas seguiriam suspensos. Além da postagem, a Advocacia-Geral da União (AGU) também se manifestou dando notícia da determinação do prefeito.

Além do cumprimento imediato, a intimação dá 24 horas para que Kalil esclareça "as providências tomadas, sob pena de responsabilização, inclusive no âmbito criminal, nos termos da lei".

A Superintendência da Polícia Federal em Minas Gerais foi intimada a garantir o cumprimento da liminar em caso de "resistência da autoridade municipal ou de seus funcionários".

Por fim, a Procuradoria-Geral da República (PGR) também foi comunicada para "adoção das providências cabíveis". Na visão de Nunes Marques, é grave uma "declaração pública de uma autoridade de que não pretende cumprir uma decisão" do Supremo Tribunal Federal.

O G1 entrou em contato com a Prefeitura de Belo Horizonte, com a Superintendência da Polícia Federal em Minas Gerais e com a PGR, mas não havia obtido retorno até a última atualização desta reportagem.

Alexandre Kalil, prefeito de Belo Horizonte, em coletiva de imprensa

Esley Rezende / TV Globo

Decisão de Nunes Marques

Em decisão individual tomada na véspera do feriado de Páscoa, Nunes Marques libera cultos e missas em todo o país.

Determina, também, que governadores e prefeitos não podem exigir o cumprimento de normas já editadas que barrem a realização de missas, cultos e reuniões de quaisquer credos e religiões.

Na decisão, o ministro também estabeleceu que será preciso respeitar medidas sanitárias como forma de tentar evitar a disseminação do novo coronavírus, entre as quais:

Limitar a ocupação a 25% da capacidade do local;

Manter espaço entre assentos com ocupação alternada entre fileiras de cadeiras ou bancos;

Deixar o espaço arejado, com janelas e portas abertas sempre que possível;

Exigir que as pessoas usem máscaras;

Disponibilizar álcool em gel nas entradas dos templos;

Aferir a temperatura de quem entra nos templos.

A liberação de cultos e missas no país, mediante medidas de prevenção, ocorre no momento mais crítico da pandemia. Neste sábado (3), Minas Gerais ultrapassou os 25.500 mortos pela Covid e registrou 320 novos óbitos em 24 horas.

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