O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou em transmissão ao vivo nesta quinta-feira (15) que só deixará o cargo de presidente da República se “Deus tirar” a vida dele.
A fala ocorre em referência a pedido da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), explicasse as razões pelas quais processo de impeachment contra o chefe do Executivo não foi aberto ainda.
“Realmente, alguma coisa muito errada vem acontecendo há muito tempo no Brasil. Só digo uma coisa: só Deus me tira da cadeira presidencial e, me tira, obviamente, tirando minha vida”, pontuou Bolsonaro. O presidente ainda alegou que vai se encontrar com o presidente da Câmara “para discutir brevemente” o pedido da ministra.
"Vamos ver qual encaminhamento o Lira vai dar no tocante a isso. Não quero me antecipar, falar o que acho sobre isso aí. O que estamos vendo acontecer no Brasil não vai se concretizar, mas não vai mesmo... Não vai mesmo", ameaçou.
Arthur Lira tem cinco dias para apresentar uma resposta ao Supremo. Na Câmara dos Deputados, há mais de cem requerimentos de abertura de impedimento de Jair Bolsonaro engavetados.