Eduardo Girão (Podemos-CE) anunciou que lançará candidatura à presidência da comissão. Bloco formado por oposicionistas e 'independentes' tem maioria e lançará Omar Aziz (PSD-AM). O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) anunciou que lançará candidatura à presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. Com a decisão de Girão, haverá disputa pela presidência, já que o grupo de senadores oposicionistas e "independentes" — que tem maioria na CPI — fechou acordo para apoiar a candidatura de Omar Aziz (PSD-AM).
De acordo com a página do Podemos em uma rede social, a candidatura de Girão é "contra o acordão de cartas marcadas para dominar a CPI da Pandemia".
O senador diz atuar com independência em relação ao governo. Ele foi o autor do requerimento de criação de uma segunda CPI, com o objetivo de investigar governadores e prefeitos, conforme pretendia o presidente Jair Bolsonaro.
O senador Eduardo Girão (Podemos-CE)
Pedro França/Agência Senado
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), decidiu então unificar as investigações em uma mesma comissão e apurar simultaneamente ações e omissões do governo federal (requerimento de Randolfe Rodrigues, da Rede-AP) e a aplicação de verbas federais enviadas a estados e municípios (proposta de Girão).
"Sou candidato a presidente da CPI. Espero que prevaleça a tradição do autor do pedido à frente da comissão. Designarei um relator que investigue com independência e isenção a União assim como verbas federais enviadas a Estados e municípios.É o que a sociedade espera e merece", escreveu Girão em uma rede social.
Além de Aziz na presidência, o acordo firmado pela maioria prevê na vice-presidência Randolfe Rodrigues, autor do requerimento original de criação da CPI, e na relatoria, o senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Maioria dos titulares fecha acordo em torno de Aziz e Renan para o comando da CPI
Segundo o Blog de Gerson Camarotti, a principal preocupação do governo é a escolha para relator de Renan Calheiros, um crítico do presidente Jair Bolsonaro. Para o Palácio do Planalto, se isso acontecer, o governo não terá controle sobre os rumos da comissão, informou o blog.
A eleição que definirá os ocupantes dos postos dirigentes será na primeira sessão da comissão, no dia 22 ou dia 27, conforme informou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Segundo o senador Otto Alencar (PSD-BA), a ocupação dos postos de presidente, vice-presidente e relator já está “consolidada” porque o grupo ao qual pertence na CPI reúne sete dos 11 titulares da comissão. “Impossível mudar”, afirmou.
Com 73 anos, o parlamentar baiano é o mais velho da CPI e caberá a ele conduzir a reunião de instalação – eleição de presidente e vice – do colegiado.
Atendendo a uma determinação do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) leu na última terça-feira (13) o requerimento de criação da CPI. Na quarta (14), o plenário do STF referendou a decisão de Barroso e, na quinta (15), o presidente do Senado leu os nomes dos integrantes, último passo antes da instalação.