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Bolsonaro sem clima para contar: ditadura queria transformar Amazônia em pasto

Por Redação

23/04/2021 às 07:04:42 - Atualizado há
O discurso do presidente Bolsonaro na Cúpula do Clima surpreendeu pela memória seletiva: ele exaltou os avanços ambientais obtidos durante a redemocratização, em especial nos governos do PT, e pasmem, esqueceu o projeto da ditadura militar para a Amazônia, que até hoje ele e seu governo defendem. É como se o Brasil tivesse enviado o anti-Bolsonaro para o encontro.

O blog mergulhou em anúncios publicados na década de 70 em jornais impressos para explicar melhor a filosofia da ditadura que, ainda hoje, inspira o bolsonarismo ambiental comandado pelo ministro da boiada, ou melhor, do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

"Toque sua boiada para o maior pasto do mundo", conclamava uma propaganda de 1972. Adivinha qual era o maior pasto do mundo? O texto publicitário explicava. "Na Amazônia a terra é barata e sua fazenda pode ter todo o pasto que os bois precisam. Sem frio ou estiagem queimando o capim, o gado fica bonito de janeiro a dezembro" . O governo federal prometia incentivos fiscais e financiamento para quem levasse o gado para a região.

Anúncio sobre a ocupação da Amazônia

Reprodução

Apoio empresarial

Em outra propaganda, as empresas que faziam investimentos na região eram exaltadas. A peça mostrava a foto de um boi e dizia que era um "Volkswagen produzido na Amazônia". A empreiteira Camargo Corrêa também era citada como um exemplo de patriotismo por levar o desenvolvimento econômica para a região.

Anúncio que menciona Amazônia

Reprodução

Conclusão

Sei lá... Não pintou clima para Bolsonaro defender essas teses, como sempre fez.
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