A gigante dos pagamentos reagiu depois de o jornal 'The New York Times' publicar acusações contra a plataforma de pornografia. Pornhub: por que a Mastercard estuda encerrar parceria com site pornográficoGetty Images via BBCA gigante de pagamentos Mastercard está revendo seus negócios com a plataforma de pornografia Pornhub, após denúncia publicada pelo jornal "The New York Times".A MindGeek, empresa controladora do Pornhub, negou as alegações do jornalista Nicholas Kristof, vencedor do prêmio Pulitzer, de que ele teria encontrado inúmeros vídeos de abuso sexual infantil, "pornografia de vingança" e estupro. A Visa, rival da Mastercard, também está investigando a questão, segundo o canal televisivo de notícias britânico Sky News.A MindGeek afirmou que as alegações são "irresponsáveis e flagrantemente falsas".Disponível ao público em geralA Mastercard respondeu após Kristof citar a empresa nominalmente, dizendo que ele "não entendia por que mecanismos de busca, bancos e empresas de cartão de crédito" apoiavam o Pornhub.O Pornhub é gratuito, mas usuários podem pagar 9,99 libras por mês por transmissões de vídeo de alta qualidade e conteúdo exclusivo, livre de anúncios. No Brasil, o valor cobrado por esse serviço é de US$ 9,99 (pouco mais de R$ 50 por mês).Boa parte do conteúdo do site é publicada pela sua comunidade de usuários e está disponível para o público em geral.Mas a empresa afirma que todo vídeo disponibilizado é revisado por moderadores humanos.Vídeos com menores de idadeEm seu balanço anual mais recente, a plataforma informou ter registrado 42 bilhões de visitas em 2019, com a publicação de mais de 6,83 milhões de vídeos, com audiência combinada de 169 anos. Mas a empresa não informou quantos moderadores emprega.Kristof alega que buscas por vídeos com "menores de idade" retornam muitos resultados e, embora nem todos mostrassem crianças ou adolescentes, alguns pareciam mostrar.O Pornhub disse ter "tolerância zero" com o abuso sexual infantil e usar uma combinação de ferramentas do Google, YouTube e Microsoft para ajudar na detecção e remoção de material ilegal.Mais cedo neste ano, a BBC News contou a história de Rose Kalemba, que foi estuprada aos 14 anos e depois teve que lutar para que o vídeo da violência que sofreu fosse removido do Pornhub.A plataforma respondeu que estava sob comando diferente à época, em 2009, e que agora tem "as salvaguardas e políticas mais rígidas do setor" para combater conteúdo ilegal.