A mulher que apresentou à Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de São Paulo pedido para que consiga reaver o prêmio “esquecido” de R$ 162 milhões da Mega da Virada alegou sofrer de epilepsia, que pode causar lapsos de memória e confusão mental. A informação foi divulgada pelo órgão. Conforme o Procon-SP, a mulher, que tem mais de 65 anos, procurou a fundação cerca de dez dias depois de o prazo para a retirada do prêmio ter expirado.
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O órgão de defesa do consumidor vai periciar o bilhete apresentado pela idosa. "Ela nos procurou através de representante, que alega que a pessoa é portadora de uma doença que provoca apagões e desmaios. Vamos apurar, porque temos o bilhete", explicou Fernando Capez, diretor executivo do órgão, em entrevista ao “G1”. Ele afirma que a Caixa Econômica Federal, responsável pela loteria, foi notificada.
"A interpretação do Procon é clara: se há possibilidade de localização pelo cadastro eletrônico sobre quem é o apostador, a Caixa deve tentar procurar, comprovar que foi atrás, que não localizou, e, somente a partir deste momento, aguardar 90 dias, que seria o prazo decadencial. Mesmo assim, esse prazo não impede que a pessoa entre na Justiça no prazo de 5 anos e peça judicialmente o prêmio que lhe pertence", concluiu.
Após o sorteio da Mega-Sena, os ganhadores têm até 90 dias para resgatar os valores devidos. No caso do prêmio da Mega da Virada, o prazo esgotou-se em 31 de março, e apenas um dos dois sortudos requereu a bolada, que, ao todo, somava R$ 325,2 milhões.