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Às vésperas de instalação da CPI, senadores independentes e de oposição buscam alinhamento

Por Redação

26/04/2021 às 17:03:07 - Atualizado há

Avaliação é de que a bola está com Renan Calheiros, que deve ser escolhido como relator O grupo conhecido como "G7", formado por senadores independentes e de oposição que compõem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, deverá se reunir nesta segunda-feira à noite para discutir um "alinhamento" em relação ao plano de trabalho e os rumos do colegiado, a ser instalando na terça-feira.

O "G7" é composto pelos senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Eduardo Braga (MDB-AM), Otto Alencar (PSD-BA), Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Humberto Costa (PT-PE) e Tasso Jereissati (PSDB-CE).

A avaliação do grupo é de que a bola está com Renan, que deve ser escolhido como relator das investigações. O Valor apurou que o emedebista vai "dobrar as acusações" de suspeição que estão sendo levantadas contra ele. Como forma de desarmar o governo, ele vai se declarar, mais uma vez, impedido de investigar qualquer coisa que tenha relação com Alagoas, onde seu filho é governador do Estado. Nesse caso, a solução deve ser a escolha de subrelator específico para este tema.

Renan Calheiros

Edilson Rodrigues/Edilson Rodrigues/Agência Senad

O senador já havia usado seu perfil no Twitter para fazer um aceno neste sentido. "Desde já me declaro parcial para tratar qualquer tema na CPI que envolva Alagoas. Não relaterei ou votarei. Não há sequer indícios quanto ao Estado, mas a minha suspeição antecipada é decisão de foro íntimo", escreveu na semana passada.

Do outro lado, o governo está montando uma “sala de guerra” para acompanhar a CPI da Pandemia, traçar estratégias, negociar com parlamentares e municiar autoridades e aliados que venham a ser chamados a depor na comissão. O objetivo principal é blindar o presidente Jair Bolsonaro ao dividir a responsabilidade da tragédia da pandemia com os governadores.

Ainda há dúvidas no Palácio do Planalto sobre a postura a se adotar em relação ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que deve ser o primeiro grande alvo das investigações.

Para uma parte dos auxiliares de Bolsonaro, será inevitável “entregar uma cabeça” aos senadores – e essa cabeça seria a de Pazuello, que já é alvo de um inquérito na Polícia Federal por conta da crise de oxigênio em Manaus, no fim do ano passado.
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