Três americanos e um japonês retornaram de uma missão científica na ISS. Viagem foi feita pela cápsula Dragon, da SpaceX, a primeira com novo meio de transporte que tira dependência dos EUA da Rússia. Michael Hopkins é retirado da cápsula
Reprodução/Nasa
Quatro astronautas, três americanos e um japonês, que estavam na Estação Espacial Internacional (ISS) voltaram à Terra na madrugada deste domingo (2) após quase seis meses de missão científica, informou a Nasa.
A aterrisagem na costa de Panamá City, na Flórida, ocorreu às 2h56 (3h56, no horário de Brasília). Barcos se encaminharam para o local do pouso para recuperar a cápsula e seus tripulantes.
Os astronautas Michael Hopkins, Victor Glover, Shannon Walker e Soichi Noguchi estavam na ISS desde 17 de novembro do ano passado, quando foram levados pela cápsula Dragon, da SpaceX. Foi a primeira viagem do novo meio de transporte, após quase uma década de dependência da Rússia. A cápsula, denominada "Resilience", foi lançada por um foguete Falcon 9.
A SpaceX tem outros dois voos tripulados programados em 2021 para a Nasa e quatro missões de reabastecimento da ISS nos próximos 15 meses. Também está prevista uma viagem 100% privada, por meio da sócia Axiom Space, para o fim de 2021. A Nasa insinuou que o ator americano Tom Cruise poderia visitar a ISS, o que não foi confirmado.
O vídeo abaixo mostra como foi a chegada deles em novembro:
Cápsula da SpaceX chega à Estação Espacial Internacional
Rumo à Lua
A cápsula Dragon da SpaceX é, atualmente, o segundo dispositivo capaz de chegar à ISS, ao lado do russo Soyuz. Esta última leva todos os visitantes à estação desde 2011, depois que os Estados Unidos interromperam seus voos com ônibus espaciais há nove anos. Outro dispositivo, fabricado pela Boeing, pode estar em operação dentro de um ano.
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A Nasa espera, no entanto, continuar cooperando com a Rússia. Para isso, a agência americana propôs facilitar lugares para seus cosmonautas em missões futuras e pretende que os americanos continuem a usar a Soyouz regularmente. As negociações se arrastam, porém.
Mas a realidade é que os laços entre Washington e Moscou no âmbito espacial, um dos raros setores em que a parceria continua produtiva, estão perdendo força.
Rompendo com mais de 20 anos de cooperação na ISS, a Rússia não participará da próxima miniestação idealizada pela Nasa em torno da Lua, a Gateway.
Para o Artemis, programa americano de retorno à Lua em 2024, a Nasa estabeleceu alianças com outras agências espaciais, incluindo Japão e Europa, mas o futuro não está claro. A agência espacial ainda não recebeu do Congresso americano a verba de dezenas de bilhões de dólares para financiar o projeto.
Foguete partiu da Flórida na noite de domingo (15) e chegou à ISS na terça-feira (17)
Reuters/Joe Skipper
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