Propaganda da coligação Recife Cidade da Gente citava ataques da Frente Popular do Recife como sendo motivados pelo fato de a candidata adversária ser mulher. João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT) disputam o segundo turno pela prefeitura do Recife
Reprodução/TV Globo
A Justiça Eleitoral determinou que a coligação Recife Cidade da Gente, liderada por Marília Arraes (PT), retire do ar uma propaganda política que associa a campanha de João Campos (PSB) a atos de machismo e desrespeito. A ação, que foi parcialmente aceita, foi proposta pela Frente Popular do Recife, que afirmou que a peça audiovisual contém "informações inverídicas, injuriosas e difamatórias".
Quem assinou a decisão em favor da coligação do PSB foi o juiz José Júnior Florentino Dos Santos Mendonça, da 1ª Zona Eleitoral. No vídeo, veiculado no horário eleitoral gratuito, uma apresentadora afirma entre outras coisas, que "quando quem está na frente é uma candidata mulher, o ataque é mais pesado, mais cruel, porque vem cheio de machismo e desrespeito".
Outro grifo da campanha de João Campos é o do momento em que o vídeo diz que "o desespero do PSB, que hoje ataca Marília, atinge a honra de todas nós, mulheres". A propaganda veiculada pela campanha de Marília se refere, principalmente, a campanhas veiculadas pela Frente Popular na televisão, contrárias à adversária petista.
Uma das propagandas, retirada do ar pela Justiça, a coligação de João Campos dizia que a petista era contra o Prouni municipal e contra a bíblia. Em outra ocasião, panfletos apócrifos com teor semelhante, entregues com material de campanha do PSB, também foram proibidos de ser distribuídos pela Frente Popular.
O juiz que determinou a retirada da propaganda negou um pedido da Frente Popular para que fosse concedido um direito de resposta no horário eleitoral. Ele determinou multa de R$ 10 mil à coligação Recife Cidade da Gente, caso a propaganda volte a ser transmitida em qualquer formato.
Ao G1, a assessoria de imprensa da candidata informou que departamento jurídico da campanha entrou com recurso contra a decisão.
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