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Política

Aliado de Bolsonaro, Arthur Lira lança candidatura à presidência da Câmara


Deputado é líder do PP e do Centrão, bloco de partidos que integra a base aliada de Bolsonaro. Atual presidente da Casa, Rodrigo Maia deve apoiar outra candidatura ainda não definida. Deputado Arthur Lira (PP-AL) no plenário da Câmara, em imagem de arquivo

Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados

O deputado federal Arthur Lira (PP-AL) lançou nesta quarta-feira (9) candidatura à presidência da Câmara dos Deputados. Aliado do presidente Jair Bolsonaro, Lira deve disputar o cargo com o candidato que o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidir apoiar.

Lira é o líder do Centrão na Câmara, composto pelos partidos PL, PP, PSD, Solidariedade e Avante. Juntas, as siglas reúnem 135 deputados e se declararam base aliada de Bolsonaro em maio deste ano.

“Para que a gente possa tocar os próximos dois anos de uma maneira diferente de como a Casa vem sendo administrada. Não que venha sendo mal administrada, mas cada presidente tem a sua marca”, disse Lira.

A candidatura foi lançada com o lema “Para toda a Câmara ter voz”, na sede do PP, no Senado. No evento, participaram os líderes dos partidos do bloco liderado por Lira e parlamentares de outras siglas, como os líderes do Patriota, Fred Costa (MG) e do PSC, André Ferreira (PE), e o deputado Eros Biondini (PROS-MG).

No início do mês, Arthur Lira foi absolvido de caso de 'rachadinha' na Assembleia de Alagoas

Reeleição proibida

Um julgamento virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou o que diz a Constituição e proibiu a reeleição para as presidências da Câmara e do Senado. Assim, Maia ficou impossibilitado de disputar o pleito, mas ainda não definiu o nome que deve apoiar.

Mais cedo, o presidente da Câmara disse que o governo Jair Bolsonaro está “desesperado” para ter um aliado na presidência da Câmara para pautar projetos de costumes e "desorganizar" a agenda do meio ambiente.

Rodrigo Maia ponderou que os dois principais grupos que disputam o comando da Casa defendem a mesma agenda liberal na área econômica, em sintonia com o governo. Portanto, diz Maia, o interesse do Palácio do Planalto em interferir no pleito seria para avançar nas pautas de costumes e armamentista.

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