A Avenida Lima Júnior, popularmente conhecida como Curva do Vento, recebeu nesta sexta, 21, a instalação de 13 placas que fazem parte da campanha de prevenção ao suicídio. A iniciativa foi proposta pela 2° Companhia de Bombeiros Militar de Ouro Preto e teve apoio da Prefeitura, Samu, Ufop e o Centro de Valorização à Vida (CVV).
O idealizador do projeto, Sargento Dionelli, preocupado com o número de ocorrências de pessoas disposta a ceifar a vida, principalmente na Curva do Vento, buscou inspiração em um projeto realizado na Ponte Mapo, em Seul, Capital da Coreia do Sul, em que se fixaram mensagens motivacionais com o intuito de prevenir o suicídio. "Fico satisfeito com a concretização da ação e espero que isso traga um resultado positivo à população, que salvem vidas, esse é o nosso objetivo, não só como bombeiro, mas como ser humano também"", afirma o Sargento.
Ricardo Campolim, do Centro de Valorização à Vida, e o professor Aisllan de Assis, doutor em Saúde Coletiva e professor na Escola de Medicina na Universidade Federal de Ouro Preto, ressaltaram a importância da escuta e do acolhimento e como essas ações geram impactos positivos às pessoas. A diretora da Rede de Atenção Psicossocial de Ouro Preto - Saúde Mental, Paula Brito, pontuou o evento como de extrema importância e ressaltou que, em 2019, foi realizado no Município, um curso de abordagem ao suicídio em parceria com a Universidade Federal de Ouro Preto e contou com a presença do Corpo de Bombeiros em prol de estratégias de abordagem a escuta qualificada, o Tenente Anderson, que foi um dos cursistas, afirma que com instalação das placas inicia-se a "ressignificação cultural da Curva do Vento".
O prefeito Angelo Oswaldo e a vice Regina Braga acompanharam a cerimônia e a classificaram como uma iniciativa marcante, uma grande soma de esforços pela vida. "Na prevenção ao suicídio, nós continuaremos apoiando todos os grupos que trabalham determinadamente e contribuem conosco para a valorização da vida", afirma o prefeito.
O Major Kleber considerou o feito como um marco para a cidade de Ouro Preto e enunciou que as ações de proteção devem ser difusas, assim como o Sargento Anderson, acredita que o feito trará outro significado ao local.
Em respeito às vidas perdidas e aos familiares, foi realizado um minuto de silêncio e a soltura de balões.