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Pena Branca & Xavantinho, ícones da música caipira, são celebrados em álbum dos cantadores Élcio Dias e Amorim

Por Redação

26/05/2021 às 01:51:58 - Atualizado há
Pena Branca & Xavantinho permanecem na memória musical brasileira com a dupla caipira mais cultuada no nicho da MPB

Divulgação

? No mercado fonográfico a partir de sexta-feira, 28 de maio, o álbum Élcio Dias & Amorim cantam Pena Branca & Xavantinho reaviva e celebra dupla cultuada, e não somente no universo da música sertaneja tradicional.

Nenhuma outra dupla caipira foi tão reverenciada no segmento da MPB como Pena Branca & Xavantinho. Pena Branca era José Ramiro Sobrinho (1939 – 2010), paulista de Igarapava (SP). Xavantinho era Ranulfo Ramiro da Silva (1942 – 1999), mineiro de Uberlândia (MG).

Em cena como dupla desde a primeira metade dos anos 1970, quando já moravam em São Paulo (SP), os irmãos pavimentaram estrada que lhes conduziu ao sucesso a partir de 1980, ano em que a dupla de cantadores, violeiros e compositores ganhou visibilidade nacional ao defender a música Que terreiro é esse? (Xavantinho) no festival MPB-80, exibido pela TV Globo.

A exposição no festival rendeu a Pena Branca & Xavantinho o convite para a gravação do primeiro álbum, Velha morada (1980), em cujo repertório sobressaíram as regravações de Cálix Bento (tema do folclore mineiro em adaptação de Tavinho Moura, 1976) e, sobretudo, O cio da terra (1977), parceria de Chico Buarque com Milton Nascimento.

As conexões com a MPB mantiveram Pena Branca & Xavantinho com status elevado em nichos normalmente refratários aos sons do Brasil caipira.

Cantadores e músicos da cidade paulista de Embu das Artes (SP), o paulista Élcio Dias e o baiano (Gildécio José de) Amorim são artistas desde sempre influenciados por manifestações e gêneros musicais do folclore e da cultura popular do interior do Brasil, como congada e Folia de Reis – território pelo qual Pena Branca & Xavantinho transitavam com naturalidade.

Idealizado por Élcio Dias em 2003, 16 anos antes da formação da dupla com Amorim em 2019, o tributo a Pena Branca & Xavantinho já foi prestado em show – apresentado por Élcio em 2008 em festa da cidade de Embu das Artes (SP) – e chegou a ter o aval de Pena Branca, último remanescente da dupla forçosamente desfeita em 1999 com a morte de Xavantinho.

Capa do álbum 'Élcio Dias & Amorim cantam Pena Branca & Xavantinho'

Arte de Silvia Maia

Gravado a partir de julho de 2020 entre dois estúdios de Itapecerica da Serra (SP), o álbum Élcio Dias & Amorim cantam Pena Branca & Xavantinho demorou meses para ser concluído com produção musical da própria dupla.

Trata-se de disco de vozes, violão e viola. Por conta do isolamento social, os artistas gravaram sozinhos as respectivas partes que lhe cabem no álbum editado via Kuarup. Élcio Dias gravou o violão de todas as 16 faixas do disco. Já Amorim ficou responsável pelo toque da viola.

Lançado com capa criada pela artista plástica embuense Silvia Maia, o álbum conta com as participações da cantora Elisa Dias na gravação de música Viola quebrada (Mário de Andrade e Ary Kerner Veiga de Castro, 1928) e do grupo folclórico Folia de Reis do Lajedão no registro do tema Santos Reis (Reisado) (Teddy Vieira a partir de tema folclórico recolhido e adaptado por Ely Camargo, 1958).

Além das músicas citadas, inclusive Cálix Bento e O cio da terra, o repertório do álbum Élcio Dias & Amorim cantam Pena Branca & Xavantinho reúne músicas como A mata gemeu (Xavantinho e Maria Chiquinha, 2000), Cantiga do arco-íris (Xavantinho e Arlindo Moniz, 1990), Canto do povo de um lugar (Caetano Veloso, 1975), Encontro de bandeiras (Xavantinho e Tavinho Moura, 1987), Eu, a viola e Deus (Rolando Boldrin, 1979), O grande sertão (Xavantinho, 1987), Restinga, sertão e viola (Pena Branca e Xavantinho, 2002) e Vaca estrela e boi fubá (Patativa do Assaré, 1980).
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