Por conta da melhoria dos indicadores que monitoram a pandemia, sete macrorregiões de saúde avançaram para a Onda Amarela do Minas Consciente. A partir de agora, os municípios passam a fazer parte da faixa intermediária do programa estadual para conter o avanço da Covid-19.
Segundo o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, as mudanças começam a valer a partir de sábado (10). "Todo o estado está com indicadores melhores do que semana passada", afirmou em entrevista coletiva nesta quinta-feira (8).
Neste momento, oito das 14 regionais estão na faixa amarela do programa. Além disso, o Vale do Aço foi promovido à Onda Verde, com maior nível de flexibilização. Por outro lado, cinco regiões seguem no nível vermelho, de maior restrição das atividades.
Conforme Baccheretti, mesmo na Onda Vermelha, o Leste do Sul apresentou melhoria significativa no cenário epidemiológico. "Permaneceu em cenário desfavorável na semana passada e sai desse cenário nessa", explicou.
Queda na ocupação
O secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, afirmou que os dados da secretaria demonstram uma clara melhora no cenário da pandemia em Minas, além de queda consistente na ocupação de leitos.
"O vírus está circulando menos, os gráficos mostram isso. Menos pessoas estão com sintomas, buscando atendimento especializado. Tivemos uma queda robusta na procura por leitos, principalmente nas regiões Centro, Centro-Sul, Oeste e Triângulo do Sul", afirmou.
Atualmente, a ocupação de leitos de UTI Covid em Minas é de 68%. No último mês, o número de pacientes aguardando uma unidade de terapia intensiva caiu de 227 para 54, graças à ampliação no número de leitos e também à redução da circulação do vírus.
Queda de óbitos
A mortalidade por faixa etária a cada 100 mil habitantes também apresenta uma queda expressiva, especialmente entre os grupos imunizados.
Na faixa etária com 80 anos ou mais, a taxa de mortalidade caiu de 12% para 10% desde o início da pandemia. Já nos grupos que possuem entre 70 e 79 anos, a redução foi de 43% para 28%. Entre as pessoas que têm entre 60 e 69 anos, a queda foi de 24% para 19%.
Baccheretti atribui a redução à eficácia comprovada da imunização no estado, nesta que é a maior operação de vacinação da história de Minas Gerais.
"Os gráficos apresentam um descolamento entre casos e óbitos, o que demonstra a eficácia da vacinação diante dos casos graves. No pico, antes da vacinação, tínhamos uma proporção semelhante entre casos leves, graves e óbitos. Hoje, a proporção de casos leves é muito maior do que a de óbitos. Significa que, mesmo as pessoas pegando a doença, ela está se agravando menos, e principalmente, as pessoas estão morrendo menos", explicou.