Pedido de adiamento foi feito pelo relator das ações, ministro Ricardo Lewandowski, depois que o governo apresentou ao STF plano nacional de imunização ao STF. Pesquisadores lamentam que plano de vacinação não tenha ficado pronto há mais tempoO ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou da pauta do plenário da Corte duas ações que discutem se o governo federal deve apresentar um plano de vacinação contra a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. O julgamento estava marcado para começar na quinta-feira (17), mas o relator das ações, ministro Ricardo Lewandowski, pediu o adiamento depois que o governo entregou ao STF o plano nacional de imunização contra a Covid-19. Lewandowski determinou, neste sábado, que se dê “ampla publicidade” ao plano e pediu que as ações fossem retiradas da pauta do plenário “para melhor exame”. O ministro também determinou que o documento seja encaminhado ao Congresso Nacional.O caso começou a ser analisado em plenário virtual em novembro, mas foi retirado por Fux, para que fosse julgado presencialmente. Com o adiamento, a expectativa é que o julgamento ocorra apenas em 2021, já que o Supremo entra em recesso no próximo dia 18.Lewandowski havia adiantado o voto a favor de que o governo federal apresentasse em 30 dias um plano detalhando as estratégias e ações para assegurar a oferta de vacinas para o coronavírus. Dias depois, o governo federal apresentou uma "estratégia preliminar" para a vacinação da população contra a Covid-19. De acordo com o Ministério da Saúde, a expectativa é imunizar 109,5 milhões de pessoas em um plano dividido em 4 fases. Agora, o governo entregou um documento intitulado "Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19", assinado pelo Ministério da Saúde. O material foi anexado às ações. Lewandowski também é relator de outras duas ações sobre a obrigatoriedade de vacinação contra a Covid-19. A expectativa é que os pedidos sejam analisados na quarta (16).