Ação movida pelo Departamento de Emprego e Habitação da Califórnia acusa desenvolvedora de manter ambiente hostil e desigual para mulheres. Funcionários e manifestantes protestam em apoio a processo por abuso sexual em frente à sede da Activision Blizzard, nos Estados Unidos
David McNew/AFP
Funcionários da Activision Blizzard, uma das maiores empresas de games do mundo, realizaram uma greve e um protesto em frente à sede da empresa nos Estados Unidos nesta quarta-feira (28).
Com a participação de outros manifestantes, eles demonstravam apoio a um processo por assédio sexual contra a desenvolvedora de franquias como "Warcraft" e "Call of Duty" e pediam tratamento justo para trabalhadores de minorias.
A ação, movida em 20 de julho pelo Departamento de Emprego e Habitação da Califórnia, acusa a empresa por casos de assédio sexual, agressão, e de manter um ambiente hostil contra mulheres, que recebiam salários desiguais e enfrentavam retaliações.
O processo
No processo, o órgão afirma que a empresa criou uma cultura de "assédio sexual constante" e discriminação de gênero. Desde então, diversas mulheres se manifestaram a favor da acusação.
Segundo a ação, os escritórios da desenvolvedora de games pareciam uma república masculina de universidades, onde funcionários homens bebiam, falavam abertamente sobre corpos femininos e faziam piadas sobre estupro.
Por causa disso, mulheres eram submetidas a diversos comentários sexuais, cantadas, tinham os corpos agarrados e sofriam outras formas de abuso. O comportamento era conhecido pelos supervisores e até encorajados por eles.
O processo também cita uma funcionária que teria cometido suicídio após inúmeros assédios.