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Bia Ferreira é prata e pede desculpas para o pai, maior incentivador, em Juiz de Fora

Por Redação

08/08/2021 às 05:34:50 - Atualizado há
Ex-pugilista e treinador baiano radicado em Juiz de Fora, Raimundo Ferreira, conhecido como Sergipe disse estar feliz pela prata nas Olimpíadas de Tóquio. Bia foi derrotada pela irlandesa Kellie Harrington na madrugada deste domingo (8). Bia Ferreira x Kellie Harrington

Buda Mendes

A boxeadora Bia Ferreira ficou com a medalha de prata nas Olimpíadas de Tóquio. Apesar de favorita ao ouro, Bia foi derrotada pela irlandesa Kellie Harrington que ficou com o ouro por decisão unânime dos juízes na madrugada deste domingo (8). O pai dela, o ex-pugilista e treinador baiano radicado em Juiz de Fora, Raimundo Ferreira, conhecido como Sergipe acompanhou de longe e ouviu da filha após a decisão da arbitragem.

"Desculpa, pai. Desculpa, Brasil", disse a boxeadora ainda no ringue.

Sergipe foi treinador e é o grande incentivador da filha no boxe. Ele foi tricampeão baiano e bi do Brasileiro, nos pesos-galo e supergalo, além de ter sido sparring do tetracampeão mundial Acelino "Popó" Freitas por cinco anos.

Foi na escola dele, na garagem de casa, no Bairro Nova Brasília, em Salvador, que ele viu a menina que assistia aos treinos, interessada no esporte, crescer, se tornar boxeadora, ganhar o Brasil e o mundo.

Na leitura de Sergipe, a brasileira venceu a luta. Ele reconheceu o nível da atleta e garante que ela vai estar melhor nos próximos jogos olímpicos.

"Levantar a cabeça e partir para frente. É uma atleta nova, cada vez melhorando. Estou muito feliz. É a primeira olimpíada que minha filha disputa, subindo no pódio. É uma felicidade ela estar neste patamar. Não vai abalar a gente. O trabalho vai continuar e vamos estar mais fortes na próxima", disse.

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Bia Ferreira/Arquivo pessoal

Mesmo longe do Japão, Sergipe esteve em contato direto com a filha. Antes de a atleta entrar no ringue pelas quartas de final, ele revelou ter dado um conselho para a filha. A orientação contra a atleta uzbeque Raykhona Kodirova era aproveitar a trocação e usar a mão de trás para golpear, já que a adversária era canhota. A estratégia deu certo.

Depois de a campeã mundial do peso-leve (até 60kg) se classificar para a semifinal, ao derrotar a finlandesa Mira Potkonen, Sergipe fez uma tatuagem com símbolo de "Tokyo 2020" na panturrilha para cumprir a promessa.

Bia Ferreira se apaixonou pelo boxa ainda na infância

Arquivo Pessoal

Beatriz Ferreira disputou, em Tóquio, a primeira edição das Olimpíadas, mas, há cinco anos, esteve no Rio de Janeiro, como sparring de Adriana Araujo, brasileira que, na época, era titular da seleção.

No ciclo olímpico, Beatriz foi campeã dos Jogos Sul-Americanos em 2018, na Bolívia, dos Jogos Pan-Americanos em 2019, no Peru, e do Campeonato Mundial, também em 2019, realizado na Rússia.

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