Amigo da família do presidente chegou a ser nomeado para comandar a Polícia Federal, mas foi barrado por decisão do ministro Alexandre de Moraes. Alexandre Ramagem, escolhido novo diretor-geral da PF, cumprimenta Bolsonaro em foto de julho de 2019
Adriano Machado/Reuters
Aliados do presidente Jair Bolsonaro avaliam nos bastidores que o presidente não desistiu de nomear Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal – apenas aguarda uma solução jurídica para não “afrontar “ o Supremo Tribunal Federal.
Ramagem, amigo da família Bolsonaro, foi o pivô da demissão de Sergio Moro do governo. Mas assumiu o comando da PF por um veto do ministro Alexandre de Moraes.
No entanto, Bolsonaro já disse publicamente que nomear Ramagem seria um “sonho” e que ele gostaria que fosse concretizado “brevemente”.
Assessores do presidente ouvidos pelo blog nos últimos dias afirmam que Bolsonaro só indicaria Ramagem se houvesse uma pacificação com o STF – e que a expectativa é que o STF arquive o inquérito da interferência política na PF, abrindo, assim caminho para essa possibilidade de Ramagem assumir a PF.
Nas palavras de um interlocutor de Bolsonaro, o presidente não vai assumir um novo desgaste nesse tema.
Outra possibilidade, também em discussão, seria indicar Ramagem para o Ministério da Segurança Pública, que teria de ser criado. A Polícia Federal estaria submetida à sua pasta.