Ministro da Saúde e governador conversaram na quarta. Governo federal prevê adquirir 45 milhões de doses do imunizante do Instituto Butatan. Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante anúncio do plano nacional de vacinação, em Brasília, na quarta-feira (16)
EVARISTO SA / AFP
Em conversa por telefone na quarta-feira (16), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), pediu ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que envie se possível até sexta-feira (18) a carta de intenção e compra de 45 milhões de doses da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac.
Segundo o blog apurou, Doria pediu que o documento formalize a opção de compra em caráter irretratável e sem mudanças.
O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) – que vê Doria como um adversário na disputa pela presidência em 2022 – resistiu inicialmente em comprar a CoronaVac. O imunizante, entretanto, acabou incluído no plano nacional de vacinação lançado na quarta-feira (16).
Pazuello volta a citar fevereiro como data possível de início de vacinação
Pazuello procurou Doria, primeiro, por meio de um emissário do Ministério da Saúde. Depois, falou com o próprio governador.
Na primeira conversa, antes de o plano de imunização ser lançado, segundo o blog apurou, ao ser informado da intenção do governo federal de comprar a Coronavac, Doria disse a Pazuello que era exatamente o que ele queria desde o dia 19 de outubro, quando da primeira reunião de governadores.
Naquela ocasião, Pazuello firmou compromisso sobre a CoronaVac mas precisou recuar após reação do presidente Bolsonaro.
A Pazuello, Doria disse que “estamos vivendo a mesma situação pela segunda vez” e por, isso, disse esperar a carta de intenções.