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Na reta final do segundo turno, eleições em SP, Rio e Recife afetam disputa presidencial em 2022

Por Redação

27/11/2020 às 12:06:38 - Atualizado há
A eleição para as prefeituras chega à reta final do segundo turno com cenários em três capitais que podem ter reflexo na eleição presidencial de 2022. Em São Paulo, uma vitória de Bruno Covas (PSDB) ajuda o projeto dos tucanos para voltar a comandar o Palácio do Planalto. Tanto que os aliados de Jair Bolsonaro, nos bastidores, torcem para Guilherme Boulos (PSOL) derrotar o candidato do partido do governador João Doria. O governador é visto por Bolsonaro como um potencial rival em 2022.

No Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM) tem tudo para ser eleito prefeito mais uma vez e, com isso, ajudará a fortalecer o seu partido na estratégia de ter um projeto próprio para a disputa da Presidência da República. A cúpula do Democratas já deixou claro que não irá embarcar na campanha da reeleição de Bolsonaro.

Em Recife, a disputa está embolada entre dois candidatos de esquerda, Marília Arraes (PT) e João Campos (PSB). Aliados no plano local e nacional até pouco tempo atrás, as duas legendas sinalizam que podem não estar juntas em 2022, principalmente se os petistas insistirem em indicar o cabeça de chapa de uma eventual nova aliança.

São Paulo

A eleição muncipal que mais tem um caráter nacional é a de São Paulo. Bolsonaro tentou apostar suas fichas no candidato do Republicanos, Celso Russomano. Seu apoio, porém, em vez de ajudar, acabou afundando Russomano, que amargou um quarto lugar. O presidente sonhou com uma vitória do seu candidato, mas, agora, prefere uma vitória, segundo interlocutores, de Boulos.

Aliados do presidente da República lembram que Bolsonaro gostaria de reeditar, em 2022, uma disputa contra um candidato da esquerda, do PT. E não um nome do centro, como o do atual governador de São Paulo, João Doria. Não por outro motivo o presidente, sempre que tem uma oportunidade, ataca o tucano.

Os últimos números da pesquisa Datafolha mostram Covas sete pontos à frente de Boulos. Uma distância que pode indicar que é o favorito para domingo (29), mas não é uma vantagem segura. Se nas pesquisas de sábado (28) o candidato do PSOL diminuir mais a diferença, o resultado estará em aberto.

Rio

No Rio, não há espaço para surpresas. Paes tem uma vantagem de 32 pontos para o atual prefeito, Marcelo Crivella (Republicanos). Candidato que teve o apoio do presidente no primeiro turno, Crivella tentou um engajamento maior de Bolsonaro no segundo turno, mas o presidente preferiu manter distância da eleição, diante do cenário de iminente derrota.

Recife

Em Recife está ocorrendo a disputa que pode ser considerada a mais emocionante. Os dois candidatos, Marília Arraes e João Campos, estão empatados tecnicamente. No Ibope, a petista aparece à frente. No Datafolha, o candidato do PSB, que recuperou terreno depois de largar mais atrás no início do segundo turno.

Em jogo está uma batalha entre dois partidos de esquerda. O PT sempre teve o PSB como um aliado no plano nacional. Aceitava até apoiar candidatos do PSB em Pernambuco em troca de apoio na eleição presidencial. Agora, a eleição na capital de Pernambuco pode mudar esse enredo.
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